O primeiro dia da operação das polícias Civil e Militar nos bairros Parolin e Vila Torres, em Curitiba, resultou na apreensão de dois adolescentes de 17 anos acusados de participação no tiroteiro que vitimou o menino Elvis Henrique Iriguti, 12 anos, atingido por uma bala perdida no Dia das Mães, no Parolin. A operação, que inclui o cumprimento de mandados de prisão e blitz nas vias de acesso aos dois bairros, deve durar dez dias.
Além dos dois adolescentes, até o início da noite de ontem os policiais haviam prendido apenas duas pessoas, acusadas de tráfico e consumo de drogas. Segundo a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp), Pedro Ferreira do Bem Júnior, 28 anos, foi flagrado com cerca de 200 pedras de crack, um revólver calibre 32 milímetros e um circuito interno de segurança, na Vila Torres. Uma jovem de 19 anos, acusada de comprar drogas de Pedro, também foi detida.
Segundo a delegada Selma Regina Braga de Morais, do 2.º Distrito Policial de Curitiba, que coordena os trabalhos, cerca de 130 policiais civis participam da operação. Já o tenente Mário Rogério Neppel, da 5.ª Companhia da Polícia Militar, informou que pelo menos 60 PMs integram a ação. Os números não foram confirmados pela Sesp, que não divulgou a quantidade de policiais. Segundo a secretaria, participam equipes de pelo menos dez unidades da Polícia Civil, além de policiais militares do 13.º, 20.º, 12.º e 17.º batalhões, das Rotas Ostensivas de Natureza Especial (Rone) e do Batalhão de Polícia do Trânsito. A Sesp não confirmou quanto tempo os policiais permanecerão no local.
Para moradores do Parolin, a presença da polícia deveria ser constante e não só durante operações. "Sempre esperam alguém morrer para se mexer, mas pelo menos estão trabalhando", afirma um pedreiro que pediu para não ter o nome revelado. "Sempre tem tiroteio. E começa bem cedo, quando estou saindo para trabalhar." Segundo ele, no domingo em que Elvis foi morto a troca de tiros começou por volta das 6h30. "Tem a turma de cima e a turma de baixo. Vivem trocando tiros."
O coletor de materiais recicláveis Antônio Dias, 66 anos, apóia a ação policil, mas disse que já se sentiu constrangido ao ser abordado. "Quem vai para a parede é o trabalhador, mas quem vive armado são os jovens. E não vão presos", disse. Quando falava com a reportagem, Antônio foi chamado pela esposa. "Não é bom ficar falando na porta de casa", justificou ela.
Com os dois adolescentes apreendidos, três pessoas acusadas de participação no tiroteio que vitimou Elvis já foram identificadas. No dia 18 deste mês, agentes do serviço reservado da PM prenderam Marcos Ferreira da Costa, 21 anos, na Vila Iná, em São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba. Ele foi detido por posse de drogas, mas durante o interrogatório os policiais descobriram que ele mora no Parolin e teria participado do tiroteio. Elvis foi baleado perto do cruzamento das ruas Professor Porthos Velozo e Brigadeiro Franco.
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