Agentes incendeiam diploma: paralisação deve continuar| Foto: Léo Franco / Futura Press

Sindicato de professores estuda retorno

Folhapress

O sindicato de maior representatividade dos professores universitários defende a continuidade da greve da categoria, que já dura mais de três meses, mas reconhece a possibilidade de uma saída unificada da paralisação.

Em comunicado divulgado no domingo, o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) afirma ser necessário questionar se a continuidade da greve traz "reais possibilidades de conquistar a reabertura de negociações em curto prazo". O texto sugere que a suspensão unificada da paralisação seja debatida em uma nova rodada de reuniões em todo o país.

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Remédios

A entrada de medicamentos e produtos para a saúde no país deverá estar normalizada entre dez e 15 dias, informou o diretor presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Dirceu Barbano. De acordo com o diretor, a preocupação da Anvisa agora é organizar o acúmulo gerado ao longo da paralisação especialmente em relação à carga de medicamentos e de produtos para a saúde essenciais em portos e aeroportos.

A greve de policiais federais entrou ontem na quinta semana com protestos em Brasília, no Rio de Janeiro e em São Paulo. Na capital paulista, eles se concentraram em frente do prédio da Superintendência da Polícia Federal. Os manifestantes hastearam uma bandeira com a inscrição "SOS para a Polícia Federal" e simbolicamente queimaram diplomas para mostrar que a categoria (agentes, escrivães e papiloscopistas) tem nível superior, porém não recebe salário correspondente. As informações são da Agência Brasil.

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Segundo o diretor financeiro do Sindicato dos Servidores da Polícia Federal do Estado de São Paulo, Nilton Mendes, o ato buscou chamar a atenção para a principal reivindicação dos servidores, que é a reestruturação da carreira. "Houve um pouco de negociação no início da greve e depois disso não houve mais, porque o governo disse que o prazo para as negociações se encerrou, mas nós não entramos em greve por causa de salário e sim por uma necessidade de reestruturação, que o governo não se manifesta no sentido de fazer."

Mendes ressaltou que a greve deve continuar por tempo indeterminado e que a adesão nunca foi tão grande em todos os estados. "A partir do momento em que o governo anunciou que iria cortar o ponto dos grevistas, os servidores ficaram mais inclinados a participar."

De acordo com informações da Polícia Federal e do sindicato, os serviços de emissão de passaporte e atendimento ao estrangeiro continuam, pois os funcionários desses setores são terceirizados. Segundo a PF e o sindicato, a greve afetou, principalmente, os inquéritos e investigações.

Além da reestruturação da carreira, os servidores pedem reajuste salarial, realização de novos concursos e aumento do efetivo, além do reajuste nos valores dos auxílios-alimentação, saúde, creche e transporte. Agentes, escrivães e papiloscopistas da PF recebem R$ 7,5 mil como salário inicial e pedem equiparação com as carreiras típicas de Estado, como a de auditor da Receita Federal e a de oficial da Agência Brasileira de Inteligência.