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Em greve, policiais federais apertam a fiscalização na Ponte da Amizade

O congestionamento de veículos tomou conta da fronteira do Brasil e Paraguai manhã desta terça-feira (7) em razão da greve da Polícia Federal (PF). Os agentes fizeram um movimento às avessas e, ao invés de cruzarem os braços, apertaram a fiscalização na Ponte da Amizade, que liga Foz do Iguaçu a Ciudad del Este, e no Aeroporto Internacional das Cataratas, onde a averiguação de bagagens é de 100%.

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Os policiais federais do Paraná seguem a mobilização nacional da categoria e paralisam os serviços em greve a partir desta terça-feira (7). Desde as 6 horas da manhã, operações-padrão – nas quais todas as bagagens são fiscalizadas – são realizadas no Aeroporto Afonso Pena, em Curitiba. Até as 9h10, não há registro de tumultos ou filas nos terminais.

Na Ponte da Amizade, em Foz do Iguaçu, na fronteira com o Paraguai, todos os carros são parados quando ingressam no Brasil. A mesma situação é registrada em Guaíra, na fronteira paraguaia. Segundo o Sindicato dos Policiais Federais no Estado do Paraná, essas ações servem para demonstrar a maneira como a fiscalização deveria acontecer. A categoria reclama que falta efetivo policial para as verificações nesses pontos.

No Porto de Paranaguá, a Polícia Federal (PF) não realiza a emissão de autorizações para tripulantes dos navios. Os estrangeiros que chegam pelo mar são impedidos de ingressar legalmente no País.

A emissão de passaportes também pode ser afetada. O comando de greve havia informado, no início da manhã desta terça-feira, que os atendimentos seriam suspensos. No entanto, a emissão do documento foi feita normalmente na superintendência de Curitiba. Isso só foi possível, dizem os grevistas, porque os atendimentos são feitos a partir das 7 horas da manhã e a greve só teve início às 8 horas. Quem tinha agendamento pela manhã foi atendido, mas, de acordo com o presidente do Sindicato Fernando Augusto Vicentine, o serviço vai ser paralisado aos poucos, até para completamente a partir de quarta-feira.

Para quem tem horário agendado nos próximos dias na capital, a instrução do comando de greve é para que compareçam até a superintendência, no bairro Santa Cândida, e retirem uma nova senha. Não é necessário reagendar via site. Para mais informações, recomenda-se ligar para a superintendência no telefone: (41) 3271-7500.

Amanhã, às 10 horas, será feita uma entrega simbólica de armas e carteiras dos policiais para demonstrar que os agentes estarão de braços cruzados até uma negociação com o governo. "Nós não queremos atrapalhar a população, tanto que nossas manifestações de operação padrão, por exemplo, são para demonstrar que falta pessoal para fazer o trabalho como deveria ser feito", defende Vicentine.

As investigações a respeito de tráfico de drogas, vistorias em agências bancárias e inspeções em empresas de segurança também estão paralisadas.

Reivindicações

Entre as principais reivindicações da categoria estão: reestruturação do plano de cargos e carreiras, ampliação de efetivo policial e maior valorização da categoria. Sobre o aspecto salarial, os agentes exigem o piso de R$ 12 mil para os empregados com nível superior completo, já que atualmente as categorias de agentes, escrivães e papiloscopistas – mesmo que formados no ensino superior – partem da remuneração de R$ 7,7 mil.

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