Nesta segunda-feira (20), os grevistas da Polícia Federal iniciaram o esquema de protestos com "rigor zero" no aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba. Ao contrário das manifestações das últimas duas semanas, os protestos não geram tumultos ou grandes tempos de espera aos usuários.
Na segunda, poucos policiais trabalharam e apenas casos de emergência foram atendidos. O mesmo procedimento será utilizado na terça-feira (21).
Na última quinta-feira (16), logo após a maior operação de reivindicação dos policiais, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) proibiu a realização das fiscalizações detalhadas de todos os passageiros. A corte interpretou que os transtornos constituíam em um abuso de poder por parte dos grevistas.
Logo após, na sexta-feira (17), a Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), anunciou as "operações sem padrão", com o início planejado para esta semana. O Sinpef-PR realizou manifestação desde as 9h30, até o meio dia, com panfletagem no aeroporto. Uma nova distribuição de panfletos estava programada para a tarde desta segunda-feira, mas o sindicato decidiu cancelar.
De acordo com o presidente da entidade paranaense, Fernando Vicentine, durante o período em que valer a "operação sem padrão", tanto nos aeroportos quanto nas fronteiras, apenas casos excepcionais serão atendidos. "No caso de um funcionário terceirizado encontrar um fuzil na mala, o que ele precisa fazer é chamar a Polícia Federal para fazer a apreensão", exemplifica.
Vicentine diz que a mudança no modo de agir em relação à greve está diretamente relacionada ao "descaso do governo" com a categoria. "Eles não querem que nós façamos mais as fiscalizações-padrão, só estamos agindo de acordo com a determinação, teremos rigor zero daqui por diante até que não atendam nossas reivindicações", aponta o dirigente.
O Ministério do Planejamento pretende apresentar uma proposta aos Policiais Federais nesta terça-feira (21), em Brasília.
Passaportes
A Superintendência da PF em Curitiba, no bairro Santa Cândida, trabalhou com expediente reduzido, segundo o Sinpef-PR. Apenas os funcionários terceirizados e uma delegada fizeram o expediente. A orientação é para que apenas as pessoas que já tinham agendado a emissão do documento compareçam ao local. Para quem não tem urgência, o conselho dos grevistas é para que aguarde um momento menos atribulado para procurar a emissão da identificação internacional. Para informações, o telefone de contato da PF é (41) 3251-7501.
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