O Sindicato dos Policiais Federais do Estado do Paraná (Sinpef-PR) organizou um protesto para a manhã desta quinta-feira (31), a partir das 9h, em frente ao prédio da reitoria da Universidade Federal do Paraná (UFPR) em Curitiba. A categoria vai apoiar o movimento nacional que exige o fim do assédio moral ao qual os funcionários estariam submetidos, mais investimentos nos departamentos para acabar com a precarização dos serviços prestados e também uma reestruturação dos planos de carreiras e salários dos policiais.

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De acordo com o presidente do Sinpef, Fernando Augusto Vicentine, essas são reivindicações antigas que nunca foram atendidas. "Faz sete anos que não temos reajustes salariais", exemplifica. Outro problema apontado por Vicentine é a falta de policiais que, segundo ele, têm um efetivo muito reduzido no estado. "São menos de 500 trabalhando no Paraná. Seriam necessários pelos menos mil para oferecer um serviço de qualidade", comenta.

O presidente do sindicato, que também é diretor-adjunto da Federação Nacional de Policiais Federais (Fenapef), explica que muitos policiais federais abandonam a carreira por causa da pressão e das condições de trabalho, que seriam responsáveis por um alto número de suicídios e de pessoas com doenças psicológicas.

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Atendimento

Por causa da manifestação, deve haver prejuízo no atendimento à população que necessitar dos serviços da PF, mas de pouco impacto, já eu delegados, peritos e funcionários terceirizados continuarão atuando. "Os terceirizados são outro descaso com o dinheiro público, já que exercem funções como fiscalização de documentos, que é uma atribuição dos policiais", acrescenta Vicentine.

Outro lado

A reportagem entrou em contato com a Polícia Federal no Paraná e a superintendência disse que não iria se manifestar em relação às exigências dos policiais. Em Brasília, a assessoria de imprensa informou que uma resposta estava sendo estudada.