Funcionários do Banco Central também fazem paralisação na quarta-feira

Os funcionários do Banco Central (BC) de todo o país fazem na quarta-feira (28) uma greve de advertência de 24 horas. A categoria reivindica equiparação de salários, principalmente, com os servidores da Receita Federal (RF).

No Paraná, a mobilização deve atingir de 40% a 50% metade dos funcionários, estima o diretor de Comunicação do Banco Central no Paraná, Alexandre Campos Gomes de Souza. "No Paraná a representação do BC é só em Curitiba. São 130 funcionários e acreditamos que a metade deve aderir à mobilização", diz.

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Tarso espera que protesto da PF ocorra dentro da lei

O ministro da Justiça, Tarso Genro, disse nesta terça-feira esperar que os policiais federais, que marcaram uma paralisação de 24 horas para esta quarta-feira, não desrespeitem as leis estabelecidas para esse tipo de protesto. Segundo o ministro, os policiais devem dar o exemplo de respeito à ordem jurídica. Tarso não deixou claro se o governo vai atender às reivindicações dos sindicatos dos policiais federais, que pedem reajuste de 30%. Os sindicatos alegam que o reajuste foi acertado com o então ministro Márcio Thomaz Bastos no ano passado. A corporação já se declarou em "estado de greve" desde o dia 15 de fevereiro.

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Policiais Federais (PF) de todo o Brasil fazem nesta quarta-feira uma paralisação de 24 horas em protesto ao descumprimento de um acordo firmado entre a categoria e o governo federal. Os policiais alegam que o segundo resjuste salarial, prometido pelos ministérios da Justiça e do Planejamento, não foi cumprido.

No Paraná, os cerca de 700 policiais devem ficar de braços cruzados em frente as oito sedes da PF no estado. A paralisação deve ter reflexos principalmente nos aeroportos, aduanas e nas delegacia, entretanto, os serviços essenciais como os de emissão de passaportes, custódia de presos nas sedes da PF, atendimento nos aeroportos e no plantão devem funcionar, mas com efetivo reduzido.

Na aduana, na Ponte da Amizade - que liga Foz do Iguaçu ao Paraguai -, somente 30% do efetivo deve trabalhar. Segundo a assessoria de imprensa da PF em Foz, normalmente 28 policiais trabalham em três turnos no lado brasileiro da aduana. A fiscalização, por conta da paralisação, deve ser afetada, já que caberá somente aos servidores da Receita Federal o trabalho da revista.

Para os que procuram o serviço de emissão de passaportes, um dos mais procurados, Silvio Renato Fernandes Jardim, presidente do Sindicato dos Policiais Federais no Estado do Paraná (Sinpef-PR), orienta que as pessoas deixem para a quinta-feira. "O serviço já está demorado por conta da falta de cadernetas e amanhã (quarta- feira) atenderemos somente os casos emergenciais", diz. "É melhor que as pessoas procurem a PF na quinta-feira", completa, garantindo que haverá um reforço no atendimento para atender a demanda.

Os casos emergencias, citado por Fernandes Jardim, seriam, principalmente, de pessoas que precisam do passaporte para viajar para o exterior para alguma situação médica. No entanto, ele explica, os casos de emissão de passaporte serão avaliados individulamente pelo comando da paralisação.

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Se as negociações não avançarem, diz o presidente do Sinpef-PR, a agenda de mobilização será mantida. Desde 15 de fevereiro de 2007 a categoria está em estado de greve. Após a paralisação desta quarta-feira (28), está marcada para o dia 18 de abril uma marcha dos policiais até Brasília e em seguida, se o acordo não for cumprido, a categoria deflagra greve.

O acordo

A reivindicação dos policiais é que a segunda parcela do reajuste no salário de toda a categoria não foi paga como acordada com os ministérios da Justiça e do Planejamento. De acordo com a assessoria da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), o acordo foi firmado em 2 de fevereiro de 2006 com representantes do Grupo de Entidades Representativas de Classes do Departamento de Polícia Federal (Gerc).

Pelo acordo, o governo federal deveria reajustar o salário de toda a categoria em 60% em média. Os 30% seriam pagos no mês de julho, como aconteceu, e a outra metade até dezembro de 2006 - pagamento este não honrado pelo governo federal.