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Policiais fizeram operação padrão na fronteira, exigindo melhores condições de trabalho | Christian Rizzi/Agência de Notícias Gazeta do Povo
Policiais fizeram operação padrão na fronteira, exigindo melhores condições de trabalho| Foto: Christian Rizzi/Agência de Notícias Gazeta do Povo

Policiais federais e rodoviários federais e agentes da Receita Federal de 12 estados realizaram nesta quinta-feira (24) uma operação padrão em protesto por melhores condições de trabalho, aumento do efetivo e implantação do Plano Estratégico de Fronteiras, que prevê o pagamento de adicional para quem atua nestas regiões.

Os servidores intensificaram a fiscalização de cargas, veículos e pedestres durante quase todo o dia nos postos de fronteira e nos principais portos e aeroportos do país, provocando lentidão e longas filas.

Em Foz do Iguaçu, no Oeste do estado, a fila para atravessar a fronteira entre o Brasil e o Paraguai, pela Ponte Internacional da Amizade, se estendeu por cerca de dois quilômetros. Em Cascavel, os agentes montaram barreiras no Trevo Cataratas, onde cruzam três rodovias federais (BR-277, 369 e 467). De acordo com organizadores do protesto, mais de 50 policiais federais e rodoviários participaram da operação. Servidores de pelo menos 12 estados aderiram à mobilização.

Problema

O Sindicato dos Policiais Federais do Paraná (Sinpef-PR) informou em nota que, no estado, o maior problema está na quantidade de efetivo insuficiente para patrulhar os municípios que fazem fronteira com o Paraguai e o Lago de Itaipu, principal rota usada por traficantes e contrabandistas para ingressar no país. O adicional de fronteira é defendido pela categoria como um "incentivo para a lotação e permanência de mais servidores nessas áreas, na maioria das vezes inóspitas e com índice incomparavelmente mais elevado de periculosidade".

Segundo o vice-presidente do Sindicato dos Policiais Federais do Rio Grande do Sul, Ubiratan Antunes Sanderson, os policiais também pedem o fim da terceirização dos serviços ligados à corporação, a adoção de critérios claros na política de remoções, o fim das perseguições a representantes sindicais e uma política de enfrentamento ao assédio moral dentro da corporação.

Foram realizados protestos também em Santa Catarina, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Acre, Roraima, Rondônia, Amazonas, Maranhão e Pará, além do Distrito Federal.

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