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A carceragem do 12º Distrito Policial, de Santa Felicidade, em Curitiba, foi interditada na tarde desta sexta-feira (11) pelo Sindicato das Classes Policiais Civis do Estado do Paraná (Sinclapol). Segundo a entidade, a medida foi adotada para garantir a segurança de policiais e presos devido à superlotação do espaço e também como uma forma de protesto contra a guarda de presos em delegacias. A reportagem apurou que há uma superlotação de 90 detentos no local.

Em menos de duas semanas, essa é a segunda carceragem interditada pelo Sinclapol. O primeiro bloqueio ocorreu no último dia 3, na Delegacia de Vigilâncias e Capturas (DVC), no Tarumã, também em Curitiba. Enquanto a interdição perdurar, agentes do Sinclapol permanecem nas unidades policiais para impedir a entrada de mais presos.

De acordo com informações levantadas pela reportagem junto a policiais do 12º DP, a carceragem do local comportaria, no máximo, 50 presos, mas guarda atualmente 140 homens. Além disso, há informações de que a superlotação é rotina no Distrito Policial, que já teria sido interditado em outras ocasiões.

Os bloqueios realizados pelo Sinclapol começaram após a morte do superintendente de Marcos Antônio Gogola, da delegacia de Campo Largo. Ele foi morto no começo do mês passado por homens armados que resgatavam um preso em deslocamento para um exame odontológico fora da carceragem.

De acordo com dados da Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, há dez mil presos mantidos em delegacias do Paraná – uma superlotação de 3.874.

Em nota, a Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos disse que o atual Governo do Paraná já reduziu a superlotação carcerária, que é histórica no Estado e restrita às delegacias de Polícia, em mais de 6 mil presos. No início desta gestão, havia 16.205 presos nas delegacias de Polícia de todo o Paraná, hoje são 9.984 presos nessas unidades prisionais. A superlotação carcerária que na época, segundo dados da Polícia Civil do Paraná, era de 10.118 presos, hoje é de 3.932.

Já a Polícia Civil do Paraná informou que não se pronunciaria sobre o caso.

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