Em protesto à proposta de aumento salarial apresentada nesta quarta-feira pelo vice-governador Orlando Pessuti (PMDB) na Assembleia Legislativa (leia mais na Gazeta do Povo desta quinta-feira) os policiais militares de Curitiba pararam de atender ocorrências, ficaram aquartelados em pelo menos dois batalhões e usaram a própria rádio da polícia para organizar a movimentação. As esposas também já foram convocadas para a mobilização caso os policiais militares recebam algum tipo de punição. Pela lei, os policiais militares são proibidos de fazer qualquer tipo de greve ou paralisação sob pena de serem presos.
A movimentação começou na tarde desta quarta, após a apresentação do projeto de reajuste salarial ao legislativo estadual e está permeado de informações desencontradas. Policiais militares que não se identificaram falam de interferências no rádio da polícia e paralisação de atendimento de ocorrências também no interior do estado. As mensagens divulgavam a disparidade do aumento entre praças e oficiais. Até mesmo uma gravação do governador Roberto Requião (PMDB) parabenizando a corporação entrou no rádio da polícia.
De acordo com depoimentos destes policiais militares não identificados, a paralisação e o aquartelamento ocorreram porque na proposta de reajuste entregue pelo governo do estado não continha uma tabela de vencimentos. "Os aumentos salariais ficariam em 150 reais para os praças e de três mil reais para os oficiais. Os praças ficaram indignados e resolveram parar", afirma um dos policiais.
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