Nota
O Sindipol Paraná (Sindicato dos Investigadores do Estado do Paraná) contestou o título da matéria da Gazeta do Povo "Policiais paranaenses envolvidos em crime em Gravataí estão presos", posteriormente alterada para "Policiais paranaenses envolvidos em morte de sargento estão presos". Segue abaixo a íntegra da nota divulgada pelo Sindipol Paraná.
"O Sipol Paraná - Sindicato dos Investigadores do Estado do Paraná, vem a público repudiar com veemência manchetes publicadas em alguns jornais de circulação no estado do paraná, tendo como chamada "...policiais paranaenses envolvidos em crime em gravataí...", esclarecemos que os investigadores de polícia do estado, estavam trabalhando oficialmente e que não podem ser previamente condenados ou lhes atribuído a pecha de "criminosos", conforme extrai-se da manchete do períodico em escopo e com endereço abaixo mencionado. Cabe ressaltar que estes policiais são concursados, treinados e altamente preparados, e ali estavam para proteger o cidadão decorrente de uma investigação sob sigilo, e tanto esses companheiros, como o grupo especializado - o tigre, são e sempre serão motivo de orgulho para sociedade paranaense.
A Diretoria"
A Justiça do Rio Grande do Sul decretou a prisão temporária dos três policiais do grupo Tático Integrado de Grupos de Repressão Especial (Tigre) do Paraná. Eles estariam envolvidos na morte do sargento da Brigada Militar do Rio Grande do Sul, Ariel da Silva, de 40 anos.
Os três policiais supostamente envolvidos na morte do sargento se apresentaram na Corregedoria da Polícia Civil do Paraná nesta quarta-feira (21) e permaneceriam detidos na Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos de Curitiba. O delegado-geral da Polícia Civil do Paraná, Marcus Vinícius Michelotto, lamentou e considerou precipitada a decisão da Justiça do Rio Grande do Sul de expedir a prisão temporária dos policiais do Paraná.
No pedido, o promotor de Justiça André Luís Dal Molin Flores sustentou que "pelo histórico da ocorrência policial e gravidade do fato, há sérios indícios de que os policiais civis do Paraná não possuíam autorização para estar na cidade, não apresentaram argumentos convincentes sobre o episódio, e, possivelmente, tenham deturpado a seu favor os acontecimentos".
De acordo com o Ministério Público do Rio Grande do Sul, o promotor também ressaltou que "o episódio deveria ser objeto da lavratura do auto de prisão em flagrante, deixando a cargo do Poder Judiciário decidir sobre a prisão preventiva ou não dos policiais civis do estado do Paraná".
Os paranaenses estavam no município para investigar a quadrilha que mantinha os paranaenses sequestrados. Com a morte do sargento, apenas a polícia gaúcha foi autorizada a invadir o cativeiro. Na ação, um dos empresários morreu e outro ficou ferido.
Crime
O sargento Ariel da Silva, de 40 anos, estava de moto e teria sido atingido por cinco disparos, quatro no estômago e um no pescoço, na Avenida Planaltina, por volta de 1h30 desta quarta-feira. De acordo com o comandante do 17º Batalhão da Brigada Militar do Rio Grande do Sul, tenente-coronel Dirceu Lopes, a viatura do grupo Tático Integrado de Grupos de Repressão Especial (Tigre), a tropa de elite da polícia civil do Paraná, estava parada de modo transversal na via, o que caracteriza uma abordagem.
O comandante afirma que os dois disparos efetuados pelo sargento teriam sido feitos após a abordagem. Segundo ele, os locais onde ficaram as marcas dos tiros apontam que ele já estaria deitado, possivelmente baleado, quando revidou.
Já para a Polícia Civil do Paraná, os policiais do Tigre relataram que estavam sendo seguidos por um homem em uma motocicleta. Em um semáforo, o homem abordou o veículo dos policiais. Houve troca de tiros e o homem, posteriormente identificado como sargento da Brigada Militar, morreu no confronto.
A Polícia Civil ressaltou, por meio de nota, que os agentes paranaenses envolvidos no caso "mantiveram a postura mais adequada possível". Além de solicitar socorro à vítima, eles aguardaram a chegada da Polícia Militar ao local, compareceram à delegacia, entregaram as armas e o veículo para a perícia. Após serem ouvidos, foram liberados pelo delegado responsável pelo caso.
Segundo o delegado Leonel Carivali, da Delegacia Regional Metropolitana, Silva estava à paisana. As armas e a viatura foram apreendidas e serão usadas nas investigações. Os agentes acionaram a polícia e solicitaram atendimento para a vítima, que morreu no hospital.
A polícia gaúcha não acredita que o policial morto tivesse alguma ligação com as investigações em curso.
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