O investigador da Polícia Civil, Altair Ferreira Pinto, conhecido como Taíco, foi preso na manhã desta quinta-feira (16), ao lado do delegado José Tadeu Bello, acusados de fraude processual, entre outros crimes. Os dois são suspeitos de tentar incriminar Paulo Delci Unfried, no caso Morro do Boi. As prisões foram efetuadas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná (MP-PR).
Quatro policiais militares de Matinhos também foram presos suspeitos de participarem do esquema. Todos os detidos estão em Curitiba. Segundo o MP-PR, outro policial militar ainda era procurado nesta manhã. O grupo é investigado pelos crimes de formação de quadrilha, tortura e denúncia caluniosa.
A fraude, suspeita o Ministério Público, teria ocorrido para tentar inocentar o irmão de Taíco, Juarez, da acusação de latrocínio (roubo seguido de morte) praticado contra o estudante Osíris Del Corso e por tentativa de latrocínio e atentado violento ao pudor contra Monik Pergorari Lima. Juarez Ferreira Pinto foi condenado a 65 anos e cinco meses de prisão, em fevereiro de 2010.
Os crimes ocorreram no dia 31 de janeiro de 2009 quando o casal de namorados estava na Trilha do Morro do Boi, em Matinhos. Crime
O casal de namorados Osíris e Monik estava na trilha quando foi atacado, em janeiro de 2009. O rapaz recebeu um tiro no peito e morreu após tentar salvar a namorada Monik, que também foi baleada. A polícia reconheceu o suspeito após recolher pistas e ouvir depoimentos de Monik.
Juarez Ferreira Pinto foi preso no dia 17 de fevereiro de 2009 e o caso foi encerrado. Em junho daquele ano, Paulo Delci Unfried foi preso por invadir uma casa e violentar uma mulher, em Matinhos, e confessou ter matado Osíris e baleado Monik. Ele voltou atrás e disse que foi forçado a confessar o crime.
Testemunhas foram ouvidas durante todo o ano de 2009 e a sentença foi proferida em 2010.
Veja no infográfico abaixo todas as etapas do crime do Morro do Boi