No terceiro dia de audiências de instrução do processo que analisa as denúncias de tortura supostamente cometidas durante a investigação do caso Tayná, nesta quarta-feira (7) no fórum de Colombo, foi realizado o procedimento de reconhecimento pessoal dos 16 policiais indiciados. Os quatro rapazes suspeitos pelo assassinato da adolescente indicaram quem os teriam agredido entre um grupo de homens com características físicas semelhantes.

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Ao longo do dia, também foram ouvidas 11 testemunhas da defesa: sete estagiários de Direito da delegacia do Alto Maracanã, em Colombo; a mãe de Tayná, Cleusa Cadoná; e os irmãos da adolescente, Marcia Fernanda da Silva, Andreia Franciele da Silva e Jhonatan da Silva.

De acordo com o advogado Claudio Dalledone Júnior, responsável pela defesa dos policiais, os depoimentos desta quarta trarão grandes revelações sobre o caso. "Temos grande expectativa porque hoje [quarta] os estagiários da delegacia serão ouvidos longe das pressões do Gaeco e da promotoria. A verdade de que não houve tortura na unidade policial vai surgir, até porque os quatro acusados do assassinato apresentaram histórias contraditórias", disse Dalledone.

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O advogado também criticou "a absurda escolta" sob a qual estão protegidos Sérgio Amorin da Silva Filho, Paulo Henrique Camargo Cunha, Adriano Batista e Ezequiel Batista, os suspeitos pela morte da adolescente.

A irmã de Tayná, Marcia Fernanda, afirmou que a família tem certeza de que os quatro suspeitos são os responsáveis pela morte da adolescente. "Não importa o que vai acontecer aqui hoje [quarta], a certeza que a gente tem é de que eles mataram minha irmã", declarou. Ao lado da filha, Cleusa Cadoná afirmou estar bastante otimista com o rumo das investigações.

As audiências de instrução devem seguir até 16 de maio. Nessas duas semanas serão ouvidas outras testemunhas de defesa e de acusação do processo e, por fim, será realizado o interrogatório dos acusados.