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Os 170 quilômetros de fronteira entre Brasil e Paraguai, praticamente desprotegidos devido à extensão territorial e o reduzido efetivo da polícia, tornam-se um atrativo para o crime organizado traficar armas e drogas na região de Foz do Iguaçu, no Oeste do estado. Para conter os passos dos criminosos, nesta sexta-feira 68 agentes das policiais federal, rodoviária, militar e civil de várias partes do Brasil fizeram um treinamento para coibir o contrabando de armas no Lago de Itaipu.

Os policiais simularam uma situação de tráfico de armas do Paraguai ao Brasil para exercitar técnicas de combate e conhecer melhor a região da fronteira. Foram feitas manobras marítimas no Lago de Itaipu, com lanchas do Núcleo de Policiamento Marítimo (Nepom) da Polícia Federal (PF) e exercícios terrestres. O treinamento foi acompanhado pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Exército, Aeronáutica, Receita Federal (RF), Força Nacional de Segurança Pública e por representantes da Organização das Nações Unidas (ONU).

Segundo o delegado da Divisão de Repressão ao Tráfico Ilícito de Armas (Darm), da PF de Brasília, Vantuil Luis Cordeiro, o policiamento no Lago de Itaipu é um desafio em razão da extensão e das características geográficas, cujo território é bastante recortado. "Isso demanda um trabalho bem intenso", diz. No entanto, a polícia vem se preparando. No Paraná, uma divisão especial para combater o contrabando de armas foi instalada na PF de Curitiba. Policiais especializados já estão fazendo um trabalho de inteligência no estado para impedir a entrada de armas no Brasil.

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