Em depoimento, o policial Paulo Roberto da Silva admitiu ter feito disparo contra Eduardo dos Santos Victor, de 17 anos, morto na tarde de terça-feira (29), no Morro da Providência. Segundo as informações da Polícia Civil, o PM disse que tomou a decisão de atirar tendo em vista que a vitima estava armada e teria ameaçado disparar contra os policiais.
Uma testemunha disse mais cedo ao G1 que o jovem estava armado e tinha envolvimento com o tráfico, mas que ele teria se rendido aos PMs. A Divisão de Homicídios espera começar a ouvir nas próximas horas as testemunhas que gravaram os cinco policiais militares alterando cena do crime. De acordo com o delegado que conduz o caso, Giniton Lages, as testemunhas ainda estão sendo localizadas.
“Essas testemunhas são decisivas para a investigação porque contrapõem os policiais envolvidos”, disse o delegado.
Os PMs já foram indiciados por fraude processual, mas a DH também investiga o crime de homicídio contra o jovem de 17 anos. O delegado considera a apuração complexa.
“ A investigação foi desmembrada, mas o caso está concentrado na DH. A partir de agora, será uma investigação complexa e com muita técnica”, afirmou, confirmando que haverá reconstituição do caso.
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