Policial e a mulher assassinada estavam no Celta vermelho (à esq.). Ela foi arrastada por ele até o outro lado da rua, onde foi executada com quatro tiros| Foto: Átila Alberti/Tribuna do Paraná

Um policial civil matou a namorada no final da manhã desta quinta-feira (24) no Alto da XV, em Curitiba. Durante uma briga, pouco antes do meio-dia, Napoleão Seki Júnior, de 38 anos, algemou Paola Natália Cardoso, de 21 anos, e efetuou quatro disparos. Em seguida, ele atirou embaixo do próprio queixo.

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Ele sobreviveu, foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros e encaminhado em estado grave ao Hospital Cajuru, onde foi submetido a uma cirurgia para a remoção da bala. O procedimento cirúrgico terminou depois das 19 horas e Seki Júnior permanece internado em estado grave na UTI do hospital.

O crime foi na Rua Sete de Abril esquina com a Rua Reinaldino S. Quadros. Segundo informações de moradores e comerciantes da região, o casal seguia de carro pela Sete de Abril quando os dois desceram do veículo discutindo. Seki Júnior algemou as mãos de Paola nas costas e a levou para a calçada do outro lado da rua. De acordo com os relatos, enquanto conduzia a namorada, que gritava por socorro, o policial levantou os braços para sinalizar que estava armado. Antes de atirar, ele desferiu diversos chutes na mulher. O homem chegou a tentar andar após o disparo contra o próprio queixo, mas caiu e foi logo socorrido.

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De acordo com a Polícia Civil, o caso foi atendido pela Delegacia de Homicídios, mas deverá ser investigado pela Delegacia da Mulher. Seki Júnior fazia serviços administrativos na corporação e estava sendo investigado pela Corregedoria da instituição, que não quis precisar por quais motivos.

O Departamento de Polícia Civil emitiu uma nota informando sobre os problemas disciplinares do servidor e por meio da assessoria de imprensa afirmou que o mesmo será indiciado por homicídio assim que receber alta hospitalar.

Nota da Polícia Civil

"O Departamento de Polícia Civil informa que o policial Napoleão Seki Júnior, de 38 anos, já teve anteriormente problemas disciplinares e que estes estão sendo investigados pela Corregedoria-Geral da instituição. Atualmente em função administrativa, graças ao seu preparo e formação, o mesmo vinha desempenhando suas funções de maneira satisfatória.

O Departamento de Polícia Civil também aproveita para manifestar sua solidariedade com os familiares da vítima e informa que as investigações sobre o caso ocorrerão no modo mais ágil e transparente possível."

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