Novas revelações de um policial militar podem ajudar a polícia a encontrar o corpo do ajudante de pedreiro Amarildo de Souza, 43, desaparecido desde 14 de julho.
O PM, que não teve o nome divulgado, prestou mais de seis horas de depoimento ao Ministério Público do Rio e apontou outros cinco policiais militares, além dos 10 que já estão presos sob suspeita de participação no crime.
O depoimento fez com que a Polícia Civil realizasse novas buscas pelo corpo de Amarildo de Souza, que continua desaparecido.
No depoimento, o policial conta que no dia em que o ajudante de pedreiro foi levado para a UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) e desapareceu todos os policiais que estavam de plantão na sede da unidade receberam a ordem do tenente Luís Medeiros para que ficassem trancados e não saíssem de um dos conteineres do local.
Durante cerca de 40 minutos, segundo o policial, os PMs ouviram gritos e barulhos como se alguém estivesse sendo espancado. Após este período, houve um silêncio e, ainda de acordo com o policial, foi possível ouvir a movimentação do grupo para a mata, atrás da UPP.
Neste momento, ele diz que houve gritos e alguém disse que algo havia "dado errado". O depoimento do policial incrimina mais cinco PMs no crime além dos 10 que já estão presos e respondem por tortura seguida de morte e ocultação de cadáver.
O policial e sua família entraram para o programa de proteção a testemunhas. Os advogados dos PMs presos não foram encontrados para comentar as acusações.
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