O policial civil da Delegacia de Furtos e Roubos, Carlos Augusto Schinemann, de 49 anos, foi detido em flagrante, na tarde de terça-feira (1º), quando cobrava propina de um vendedor ambulante de cigarros, na região do Terminal do Alto Maracanã, em Colombo, região metropolitana de Curitiba. A prisão foi efetuada por agentes da Corregedoria da Polícia Civil, que começou a investigar a ação de Schinemann depois de ter recebido denúncias sobre a extorsão.
Segundo o delegado da Corregedoria, Marcelo Lemos de Oliveira, o policial civil cobrava R$ 50 por semana dos vendedores ambulantes para fazer vistas grossas quanto a comercialização de cigarros contrabandeados do Paraguai. Segundo as vítimas, a extorsão foi instituída por Schinemann há mais de um ano, que usava o nome falso de "Marcos" para cobrar a propina. O pagamento ao agente policial teria, inclusive, sido registrado por uma emissora de televisão.
Oliveira informou que, com base nas denúncias, equipes da Corregedoria se mantiveram em plantão no local onde os camelôs se instalam, com o objetivo de lavrar o flagrante em Schinemann. Por volta da 15 horas de terça, ele foi preso no instante em que exigia o pagamento da propina de um vendedor ambulante. De acordo com o delegado, no momento da prisão, Schinemann alegou que estava comprando um par de tênis .
O policial civil nega o crime, mas foi autuado por extorsão e encaminhado ao Centro de Triagem II, em Piraquara, região metropolitana. Schinemann também deve responder processo disciplinar na Polícia Civil e pode ser expulso da corporação. Na Corregedoria, havia outras denúncias contra Schinemann, todas arquivadas. Há 25 anos, ele integra a Polícia Civil. "Agora, vamos ampliar as investigações, para descobrir se há outros policiais envolvidos. Também investigaremos outros pontos de comércio", disse o delegado.