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Um policial federal do Pará foi preso em flagrante por tentar matar um segurança de um hotel do Centro, em Curitiba, na madrugada de segunda-feira (17). Ele teria efetuado dois disparos, porém não atingiu ninguém. Junto dele, foi detida uma juíza federal do Mato Grosso, também de 27 anos, por desacato, mas ela foi solta logo depois.

Segundo informações de um funcionário do hotel, que prefere não ter seu nome divulgado, a juíza teria feito o check-in normalmente no final da tarde de domingo (16). Depois de se divertir na noite de Curitiba, ela voltou ao hotel nas primeiras horas da madrugada de segunda acompanhada do agente federal. Ambos apresentavam sinais de embriaguez. O porteiro teria pedido para o agente preencher uma ficha, conforme norma do hotel. Mas o agente teria se negado e o ameaçado com uma arma de fogo.

Nervoso, o porteiro deu a chave errada para o casal, que acabou entrando no quarto de uma idosa de 70 anos, que se recuperava de uma cirurgia. A administração do hotel diz que o policial federal arrombou a porta. Uma dupla de seguranças chegou logo depois. De acordo com relatos dados à polícia, foram recebidos com dois tiros. O advogado de defesa do policial diz que na verdade os disparos foram acidentais em razão de uma luta corporal entre os seguranças e o policial.

Minutos depois, a Polícia Militar foi até o hotel e deteve o casal. O acusado danificou a parte interna do camburão de um carro da polícia militar, e, por isso, foi autuado também por dano ao patrimônio público. O agente foi transferido para a carceragem da superintendência da Polícia Federal. A juíza assinou um termo circunstanciado por desacato à autoridade e logo depois foi liberada.

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Pedido de liberdade

A defesa entrou com um pedido de liberdade provisória de seu cliente às 18h30 de terça-feira (18). O pedido não havia sido julgado até as 15h de quarta-feira. Segundo o advogado, o cliente é um policial federal qualificado recém diplomado em um curso de mandados de segurança de alto risco. Além disso, nenhum dos dois teria motivo para se negar a preencher ficha no hotel pois são solteiros. Mendes acredita que houve abuso por parte dos policiais militares.

O advogado da juíza, Carlos Henrique Kaminski, diz que sua cliente ainda não sabe se vai processar a polícia. Ela já teria feito exame de lesões corporais.

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Apuração

Segundo Altair Menosso da Costa, chefe do Setor de Comunicação Social da PF no Paraná, a instituição só se pronunciará depois dos fatos serem esclarecidos. Costa garante que foi aberto um procedimento interno para apurar o caso.

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