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O soldado Alisson dos Santos Cszulik, um dos policiais militares presos sob suspeita de terem participado da chacina na Vila Osternack, em Curitiba, estava na corporação devido a um mandado de segurança. Ele ingressou por meio de um concurso realizado em 2010. A informação foi confirmada pela Polícia Militar.

Cszulik estava há dois anos na corporação com o mandado, que é expedido, segundo o Art. 1° da Lei 12.016, de 2009, "sempre que, ilegalmente ou com abuso de poder, qualquer pessoa física ou jurídica sofrer violação ou houver justo receio de sofrê-la por parte de autoridade, seja de que categoria for e sejam quais forem as funções que exerça".

Isso significa que, durante o processo seletivo, o suspeito, por algum motivo, não conseguiu seguir nas convocações, mas entrou na Justiça para conseguir o mandado e ser aprovado para ingressar na PM. A corporação não informou, entretanto, o que teria ocorrido para ele entrar com o recurso e conseguir o mandado de segurança.

Cszulik e Michel Alvan Diel – que está na corporação há um ano – são suspeitos de terem matado quatro pessoas em uma chacina ocorrida no dia 30 de junho deste ano, na Rua Jardim Alegre, que fica na Vila Osternack – bairro Sítio Cercado, em Curitiba. Entre os mortos estavam Jonathan Pereira Veloso, 29 anos, Jaqueline Garcia da Silva, 33 anos, grávida de seis meses, Kauane Garcia Diaz, 16 anos, e Ailton Garcia Diaz, 14 anos.

Desde o início das investigações, a suspeita da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) era de que o alvo seria Veloso e a motivação era o tráfico de drogas. Nesta quinta-feira, dois dias depois de os policiais se entregarem à Polícia Civil e serem presos, eles estiveram na sede da DHPP. A reportagem entrou em contato com o delegado do caso, Cristiano Quintas, para saber o motivo da presença dos suspeitos na divisão, mas o delegado não foi localizado.

O advogado Claudio Dalledone, que defende os suspeitos, disse que não houve interrogatório aos policiais. Dalledone espera ter acesso aos autos do processo para que, depois disso, eles sejam ouvidos pela Polícia. O pedido de quebra de sigilo do processo foi feito e o advogado aguarda parecer da Justiça.

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