Pela segunda vez em dois meses e pela quarta vez no ano a Policlínica Municipal foi furtada. No início da noite de quarta-feira, ladrões quebraram uma janela e conseguiram levar a CPU de um computador. No final de julho, ladrões já haviam levado sete monitores, seis CPUs, uma impressora, um videocassete e um forno de microondas. Os furtos têm prejudicado o atendimento ao pacientes e ontem houve grande dificuldade no agendamento de consulta.
A Policlínica foi aberta pela Secretaria Municipal de Saúde em abril de 2003 com o objetivo de reduzir o tempo de espera para consultas especializadas. Um dos diferenciais do atendimento é justamente o sistema informatizado, em que o paciente vai até o local e já tem consultas, exames e retornos marcados. No entanto, esse facilitador não tem sido tão eficiente devido à fragilidade do prédio em que a Policlínica está instala, na Avenida Castelo Branco, no Jardim Presidente (Zona Oeste).
Furto
Conforme a gerente da Policlínica, Maria Lucia Keiko Oguido, o furto da CPU deve ter acontecido entre 19h30 e 20h45. "Os últimos funcionários saíram por volta das 19h10", observou. Os ladrões quebraram uma janela de vidro e logo conseguiram pegar a CPU, que estava próxima. "Acho que eles nem entraram, até porque o alarme tocou", disse.
No último assalto, os ladrões conseguiram desligar o alarme, cujo sinal era dado por telefone. Depois disso, o alarme passou a ser por rádio. A secretaria até chegou a designar um vigia para o local. "É um servidor, mas ele tem que passar em outras unidades. Ele entra às 19 horas e naquele dia estava passando primeiro nos outros locais para ir à Policlínica por último", disse o diretor de Serviços de Apoio da secretaria, Paulo Sérgio Moura.
Dificuldade
"Hoje está um caos aqui. O atendimento já estava lento devido à falta dos computadores que tinham sido furtados da última vez. Estamos no final do mês, tendo que fechar faturamento e fazer o agendamento dos pacientes e está tudo muito lento", afirmou a gerente. Para compensar o furto dos computadores no final de julho, quatro haviam sido emprestados de outros postos de saúde para a Policlínica. Um desses é o que foi furtado.
Além do prejuízo ao atendimento da população, com o furto perderam-se as informações que estavam na CPU levada. "Eram diversos dados internos, do nosso trabalho. Por conta desses problemas (furtos), tínhamos que fazer o backup todos os dias, mas nem sempre dá tempo", observou a gerente. "Estamos sempre comunicando esses problemas. Se a segurança (do prédio da Policlínia) não melhorar, vão acontecer novos furtos", enfatizou Maria Lucia Oguido.
Conforme o diretor de Serviços de Apoio, a secretaria não tem como deixar um vigia a noite inteira e nos finais de semana na Policlínica. "Temos o problema de o local ser isolado e, apesar de na frente ter movimento, nos fundos há um terreno vazio", disse Moura. A solução seria terceirizar a vigilância do local para uma empresa particular. "O edital de licitação deste serviço está em fase de conclusão".
O diretor ainda observou que, como o imóvel da Policlínica é alugado, a secretaria precisa de autorização do proprietário para fazer alterações. "Queremos fazer um gradeamento diferenciado. Dentro de 15 a 20 dias devemos ter a resposta do proprietário", disse.