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Ensino superior

Política de inclusão da USP gera protesto

Manifestantes dizem que USP privilegia alunos de cursinhos “caríssimos” | Pierre Duarte/Folhapress
Manifestantes dizem que USP privilegia alunos de cursinhos “caríssimos” (Foto: Pierre Duarte/Folhapress)

Representantes dos cursinhos populares da Universidade de São Paulo (USP) e do Núcleo de Consci­­ência Negra protestaram ontem contra a mudança no Programa de Inclusão Social da USP (Inclusp). A universidade discute uma reformulação no programa que prevê bônus no seu vestibular a alunos de escolas públicas, além de outras mudanças na seleção. Segundo o Diretório Central dos Estudantes (DCE) da universidade, a Reitoria não debateu com os representantes dos alunos e dos movimentos interessados.

"Nossa campanha é pela am­­pliação de vagas na USP e por cotas sociais e raciais", afirmou a coordenadora da rede Emancipa de cursinhos populares, Bianca Bogiani Cruz. Segundo ela, o Inclusp, que teve início em 2006, não aumentou a inclusão na universidade. "O programa privilegia a avaliação seriada e alunos de cursinhos caríssimos. Atualmente, 25% dos ca­­lou­­ros são da rede pública de ensino", disse Bianca.

Ontem, a USP aprovou aumento de bônus, de 12% para 15% no seu vestibular, para alunos de escolas públicas. A bonificação terá como base o desempenho do estudante na primeira fase da Fuvest. As outras mudanças serão discutidas em novo encontro, que ainda será marcado. A instituição busca aumentar a presença de alunos do sistema oficial em seus cursos – eles são 85% das matrículas no ensino médio, mas só cerca de 25% dos aprovados no exame.

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