Ponta Grossa Telefonemas de falsos seqüestradores vêm assustando moradores de Ponta Grossa. O golpe, aplicado em Curitiba no ano passado, também vem acontecendo com frequência em outras cidades, como Guarapuava e Irati.
Os falsos seqüestradores atuam sempre da mesma maneira. Ligam para as residências ou celulares das vítimas e dizem que seqüestraram alguém da família. Quando a pessoa ainda tenta localizar o familiar, os bandidos ligam novamente pedindo o resgate. Se o parente não é encontrado, a vítima fica apavorada e acaba caindo no golpe.
Em Ponta Grossa, cerca de 15 casos já foram registrados nesse ano pela Polícia Civil. O golpe varia entre R$1.000 e R$ 3 mil por vítima. "Eles chegam a pedir R$ 30 mil, mas vão baixando o preço quando descobrem que a vítima é de baixa renda", explica o delegado-chefe da 13.ª Subdivisão Policial, Noel Muchinski.
De acordo com as investigações, os telefonemas têm origem em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Ceará. Na maioria, são presidiários que aplicam o golpe de telefones celulares clonados.
Muchinski afirma que os golpes podem ser aplicados em qualquer pessoa que tenha o número na lista telefônica. Ao telefonar, o bandido usa da habilidade para retirar informações. "Às vezes, os golpistas ligam para a casa da vítima se passando por funcionários de bancos ou lojas e acabam pegando dados, que serão usados para extorquir dinheiro depois", diz o delegado.
Quando conseguem aplicar o golpe, eles indicam números de contas bancárias abertas com documentos roubados. Os falsos seqüestradores orientam a vítima para que rasgue o comprovante do depósito após o pagamento para dificultar o a investigação.
Os falsos seqüestradores também têm usado o nome do Corpo de Bombeiros. Eles ligam para empresas da cidade, perguntam sobre funcionários de nomes comuns e que estariam envolvidos em acidentes e acabam pegando informações e até números de parentes dos funcionários. De acordo com o Corpo de Bombeiros, mais de 20 pessoas já sofreram com esse tipo de golpe. A orientação, nesses casos, é não repassar qualquer tipo de informação e desconfiar, já que a abordagem dos bombeiros não é por telefone.