Os trabalhadores sem-terra permanecem acampados na Fazenda São Francisco, em Ponta Grossa, região dos Campos Gerais. Na manhã desta quarta-feira o caseiro da propriedade do tenente-coronel reformado da Polícia Militar Valdir Copetti Neves esteve na fazenda para buscar alguns pertences. Os trabalhadores do MST redigiram um termo improvisado descrevendo todos os objetos resgatados pelo caseiro.

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Diante das informações de que o pedido de reintegração de posse só será analisado no começo do mês de agosto, os trabalhadores começaram a preparar a terra para o plantio de subsistência.

Enquanto a decisão não sai, membros do MST continuam no acampamento, nomeado por eles de Teixeirinha, em homenagem ao militante sem-terra morto em 1993, na região Oeste do estado. Até a tarde desta terça, cerca de 250 pessoas estavam na ocupação. Entretanto, mais integrantes chegariam nesta noite, vindos da região da Lapa.

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O advogado Carlos Eduardo Biazetto não acredita que os sem-terra sairão do local, mesmo após uma decisão favorável da Justiça para Copetti. "Com certeza, eles não sairiam. A ocupação é uma forma de afronta e eles vão usar de tudo para continuarem no local", disse.

A decisão sobre o pedido de reintegração de posse levará em conta a ação de usucapião da propriedade, que já existe na Justiça. Segundo Biazetto, a área está há 70 anos nas mãos de posseiros e que há oito o sítio foi comprado por Copetti.