Prefeitura pode multar a VCG
A Prefeitura de Ponta Grossa emitiu uma nota no final da manhã lamentando o desfecho das negociações entre a Viação Campos Gerais (VCG) e seus funcionários.
O comunicado afirma que, embora respeite a discussão da remuneração, a paralisação atinge milhares de usuários do transporte coletivo e é indispensável e obrigatório que pelo menos o número mínimo de coletivos seja colocado em circulação.
A nota garante ainda que a prefeitura estuda, através da Procuradoria-Geral, aplicar multa diária por descumprimento de contrato existente entre a município e a VCG.
Motoristas e cobradores da Viação Campos Gerais (VCG), em Ponta Grossa, rejeitaram a primeira proposta da empresa e mantêm a paralisação iniciada desde a zero hora desta quarta-feira (26). Convocados pelo Sindicato dos Motoristas e Cobradores do Transporte Coletivo de Ponta Grossa, os trabalhadores decidiram, em assembleia, entrar em greve. Pela manhã, usuários do transporte coletivo tiveram que buscar outros meios de transporte para irem ao trabalho e escola.
Os motoristas e cobradores querem que a empresa ofereça um aumento salarial real de 12% e um de 100% no vale-alimentação. Caso contrário, só voltam a circular com os ônibus após determinação judicial.
O sindicato alega que desde a data-base da categoria, em maio deste ano, foram oito reuniões na tentativa de negociar o acordo coletivo com trabalhadores empresa e município, todas sem sucesso.
Logo pela manhã, a VCG ofereceu aos motoristas e cobradores um aumento de 8,7% no salário e R$ 200 de vale-alimentação. A proposta foi rejeitada pela categoria que está mobilizada em frente ao Terminal Central. Segundo o secretário do Sindicato, Aitron Nascimento Costa, 100% dos trabalhadores aderiram à paralisação. "Vamos esperar uma nova proposta da empresa. Até lá, estamos em greve", afirmou ele.
Atualmente, um motorista júnior tem um salário de R$ 1.042 e o pleno recebe R$ 1.318,03. Os cobradores começam a carreira ganhando R$ 789. O vale-alimentação é de R$ 120 e a categoria não aceita menos que o dobro, R$ 240.
Na tentativa de evitar a paralisação dos funcionários, a VCG fez cerca de cinco propostas na tarde de terça-feira (26), mas todas foram rejeitadas. Segundo a empresa, depois da decisão pela greve foram suspensas todas as negociações e não houve nenhuma proposta feita durante a manhã desta quarta-feira.
A VCG informou ainda que já entrou com pedido de dissídio coletivo no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), em Curitiba e que só volta a conversar com a categoria por meio da Justiça. Ainda conforme a empresa, a expectativa é de que até final da tarde os ônibus voltem a circular normalmente.
Em 2012, data da última greve dos motoristas e cobradores de Ponta Grossa, foi justamente uma decisão do TRT que determinou que a categoria voltasse ao trabalho. Segundo a interpretação do tribunal, que definiu o novo reajuste, o movimento foi abusivo. Transtorno para usuários
Mesmo já sabendo da greve dos motoristas e cobradores da VCG, muitos usuários do transporte público enfrentaram dificuldades para chegar ao trabalho ou a seus compromissos.
O estudante de engenharia mecânica, André dos Santos, que usa o transporte para ir a faculdade, conta que precisou seguir a pé para aula. "Não tenho outra forma de ir", disse.
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