Guaíra Por oito horas (das 7 às 15 horas), uma manifestação fechou ontem o tráfego na Ponte Ayrton Senna, que liga Guaíra a Mundo Novo (MS), na Região Oeste do estado. Foi o segundo protesto em pouco mais de um mês para reivindicar a recuperação da BR-163, entre Marechal Cândido Rondon e Guaíra, e da BR-272, no trecho que liga Guaíra a Francisco Alves. Ao final do ato foi formada uma comissão com representantes dos municípios de Guaíra, Terra Roxa, Mercedes e Marechal Cândido Rondon. A primeira atividade do grupo será pedir a interferência da Justiça Federal para obrigar o Departamento Nacional de Infra-Estrutura dos Transportes (Dnit) a executar as obras.
O prefeito de Guaíra, Fabian Vendruscolo, um dos líderes do movimento, disse que toda a economia regional está sendo abalada pelas precárias condições de tráfego, principalmente na BR-163. "Guaíra é hoje uma cidade ilhada e, sem rodovias, não conseguimos tocar adiante o projeto de revitalização do turismo", comentou. Ele conta que uma empresa de ônibus cancelou a linha metropolitana entre Guaíra e Marechal Cândido Rondon por causa dos buracos. O representante dos comerciantes de Salto del Guayrá, no Paraguai, Ramon Rojas, disse que o comércio da cidade fronteiriça já sente os efeitos das rodovias esburacadas no Brasil, com queda de 20% nas vendas.
Os manifestantes também fecharam o Porto Internacional Sete Quedas, onde funcionam duas balsas fazendo a travessia entre Guaíra e Salto del Guayrá. Segundo o prefeito de Terra Roxa, Donald Wagner, que participou do protesto, a comunidade regional exige a reconstrução das rodovias e não apenas operações tapa-buracos. Ele disse que a intenção é entrar com uma ação civil pública na Justiça Federal para conseguir o mesmo resultado obtido com a luta para recuperar a ponte sobre o Rio Piquiri, na BR-272. Há dois meses, a Justiça Federal concedeu liminar a uma ação civil pública que exigia obras na ponte. Como conseqüência, o Dnit interditou a ponte e já começou a reconstrução.
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