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Ponte na BR-116 é interditada

Confira mais informações sobre a estrutura da ponte |
Confira mais informações sobre a estrutura da ponte (Foto: )
Quando o risco de desabamento ficou mais evidente, toda a pista no sentido Curitiba foi interditada e o trânsito passou a ser desviado para uma faixa da pista no sentido São Paulo |

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Quando o risco de desabamento ficou mais evidente, toda a pista no sentido Curitiba foi interditada e o trânsito passou a ser desviado para uma faixa da pista no sentido São Paulo

A erosão do aterro sob a cabeceira de uma ponte da Rodovia Régis Bittencourt (BR-116), que liga Curitiba a São Paulo, levou à interdição da pista no sentido sul, na manhã de ontem. Parte do solo que sustentava o asfalto se soltou devido à chuva que atingia a região. O problema aconteceu na ponte sobre o Rio Pardinho, no município de Barra do Turvo (SP), a 100 quilômetros de Curitiba.

A água escoada por meio da canaleta entre as duas pistas causou o desprendimento de parte do solo que dava sustentação ao asfalto, o que levou à formação de uma cratera. A concessionária Autopista Régis Bittencourt informa que não houve qualquer dano à estrutura da ponte.

O trânsito foi desviado, trafegando por um quilômetro em uma das faixas da pista de sentido Curitiba-São Paulo. A operação causou até 10 quilômetros de lentidão ao longo do dia. O problema foi detectado às 8h50, quando um condutor que passava pelo local avisou a concessionária sobre o afundamento da pista. Equipes da Autopista encontraram uma cratera de 1 metro de diâmetro por 2 metros de profundidade na faixa direita.

O trânsito foi desviado pela faixa esquerda até as 10h15, quando foi concluído que havia risco de desabamento e a pista foi interditada integralmente. Má­­­quinas removeram o restante do asfalto e obras de reparo começaram à tarde, sem previsão de término.

Sustentação

O engenheiro de pontes e vice-presidente da seção Paraná do Crea, Gilberto Piva, diz que, dependendo do volume de terra removida, a pilastra de sustentação assentada às margens do rio pode sofrer um aumento da pressão do solo sobre ela. "O aumento da pressão além do que a pilastra podia suportar foi o que causou a queda da ponte sobre o Capivari, mas lá o volume de terra deslocado foi imenso", compara.

Piva explica que a cratera não afeta a estrutura da extremidade da ponte, localizada junto ao aterro. "É extremamente não convencional apoiar a ponte sobre o aterro e, se fosse assim, o aterro teria uma contenção de concreto que tornaria mais difícil o deslizamento. Pelo contrário, é o aterro que exerce pressão sobre a extremidade", explica. Ainda segundo Piva, seria difícil para a concessionária identificar o problema com antecedência. "Quando se faz uma obra, sabe-se a capacidade que ela suporta. Nesse caso, a Autopista pegou a obra pronta e seria quase impossível prever que uma coisa dessas poderia acontecer apenas pelas vistorias periódicas que a empresa é obrigada a fazer", considera.

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