Dossiê Vedoin – Entre os citados no relatório estão os seis envolvidos na tentativa de compra do dossiê da família Vedoin contra políticos tucanos: Gedimar Passos, Valdebran Padilha, Hamilton Lacerda, Jorge Lorenzetti, Oswaldo Bargas e Expedito Veloso. Eles tiveram o seu indiciamento pedido ao Ministério Público por crime de formação de quadrilha.

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Dinheiro do PT – Mesmo sem ter conseguido avançar na investigação, o relatório atribui a responsabilidade pelos R$ 1,7 milhão apreendidos pela Polícia Federal ao PT. "Aparentemente, o que todo esse quebra-cabeça leva a crer é que o dinheiro destinava-se a remunerar os Vedoin por conceder a entrevista ao veículo de comunicação (revista Isto É) com evidente benefício eleitoral para as campanhas do PT. Entretanto, o resultado das investigações até o momento não permite concluir que os candidatos tenham tido conhecimento prévio ou dado anuência a tal plano", diz o documento.

Tráfico de influência no Ministério da Saúde – No primeiro capítulo, o relator Amir Lando recomenda o indiciamento do empresário Abel Pereira, de José Airton Cirilo, Raimundo Lacerda Filho e José Caubi Diniz por diversos crimes que vão desde tráfico de influência até fraudes em licitações, passando por atos de improbidade administrativa e corrupção ativa. O primeiro é acusado pelos Vedoin de ser intermediário dos negócios da Planam na gestão dos tucanos. Os outros três foram acusados pelos empresários de terem atuado para liberar recursos para a empresa durante a gestão de Humberto Costa.

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Ministros – O relator achou que não ficou comprovado o conhecimento, autorização ou participação dos ministros que ocuparam recentemente a pasta da Saúde no que se refere ao tráfico de influência investigado. O relatório pede ainda a investigação de uma lista de funcionários do ministério.

Sanguessugas na inclusão digital – O relatório conclui que foram encontrados vícios na implantação do projeto de inclusão digital do ministério. O documento contém uma relação de pessoas que devem ser investigadas, porque ao implantar o projeto podem ter se comprometido com práticas de ilícitos penais e administrativos.

Municípios – O relatório tem também uma lista de 58 municípios que compraram ambulâncias e nos quais foram encontrados indícios de comprometimento com o esquema considerados relevantes pela CPI.

Outros sanguessugas – O quarto capítulo do relatório mostra que o esquema dos sanguessugas não estava restrito ao grupo Planam e empresas associadas aos Vedoin. O documento cita ainda os grupos Domanski, LealMaq e Unisaúde. Segundo a CPI, estes grupos teriam uma atuação semelhante a da Planam.

As propostas – O relatório apresenta sugestões e mecanismos de controle para que escândalos similares não voltem a se repetir. As propostas vão desde o financiamento público de campanhas até o termino das transferências de recursos públicos para ONGs. O documento não sugere a apresentação de novos projetos de lei, porque já existem propostas no Congresso neste sentido.

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