Um em cada cinco pontos de ônibus em São Paulo é depredado por mês. Dos 19.300 pontos e abrigos da cidade, quase 4 mil são alvo de vandalismo. Pichação e colagem de cartazes lideram as incidências, seguidas por telhas furtadas e amassadas, lixeiras roubadas ou queimadas. O Estado vistoriou dezenas de pontos nas regiões centro, norte e sul da cidade e verificou que praticamente todos os pontos apresentam algum sinal de depredação. Na Avenida 23 de Maio, muitas placas de acrílico foram quebradas para que se roubasse a fiação de cobre ou lâmpadas fluorescentes.

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Por mês, a SPTrans gasta R$ 600 mil com limpeza e manutenção de pontos de ônibus. Embora a maioria dos pontos depredados (97%) esteja nas ruas, o órgão destina pouco mais da metade dos recursos, R$ 350 mil, para a manutenção daqueles que estão em corredores. Também é aí que a Prefeitura começou, neste mês, um programa completo de recuperação, que vai até novembro e inclui recapeamento, por exemplo, com investimento de R$ 19 milhões.

De setembro de 1997 a agosto de 2007, a empresa DMB explorou a publicidade em cerca de 900 paradas localizadas na área que corresponde ao centro expandido. O acordo com a SPTrans previa que a DMB construiria os abrigos e, em troca, exploraria a publicidade nesses locais. Durante esse período, a SPTrans arrecadou R$ 1.548.491,94. Com o fim da concessão e segundo as normas da Lei Cidade Limpa, a DMB teve de retirar os painéis publicitários. No momento, há uma disputa na Justiça pela propriedade sobre os abrigos construídos pela empresa. Para realizar manutenção nesses abrigos, a SPTrans precisa pedir permissão à Justiça. Procuradas pela reportagem, nem a DMB nem a SPTrans se manifestaram. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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