O Brasil viveu, na última década, uma explosão da população de origem asiática, explicada em grande parte pelo retorno de brasileiros que moravam no Japão e pela chegada de imigrantes vindos principalmente da China. Dados do Censo 2010 apontam 2 084 milhões de residentes no País que se declararam de cor ou raça amarela - um aumento de 1,322 milhão de habitantes em relação ao ano 2000, equivalente ao município de Guarulhos. Em dez anos, os "amarelos" cresceram 173,7%. Embora a proporção ainda seja muito pequena, os orientais e seus descendentes passaram de 0,45% para 1,09% da população.

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No novo desenho da distribuição dos asiáticos, o Nordeste, e não mais o Sudeste, apresentou a maior proporção de população amarela, embora em números absolutos a concentração continue no Sudeste. São Paulo, que tem a maior comunidade japonesa do País, deixou de ser o Estado com maior porcentual de asiáticos e descendentes e caiu para sétimo lugar, apesar de ter tido aumento no número absoluto.

A atração pelo Nordeste pode ser explicada pelo aquecimento econômico, com investimentos em infraestrutura e serviços e aumento da demanda por mão de obra. Na população nordestina, o número de amarelos subiu quase dez vezes: passou de 67 mil em 2000 para 631 mil em 2010. O Piauí passou a ser o Estado com maior proporção de asiáticos, com 2,3% da população total. Em Fortaleza, o aumento também foi impressionante, de 3,5 mil para 33 mil.

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Embora detalhes do Censo 2010 sobre nacionalidade ainda não estejam disponíveis, alguns números oficiais dão pistas para o aumento da população amarela. Segundo o Ministério da Justiça, o número de chineses legalmente residentes no Brasil aumentou 25% entre 2009 e 2010, passando de 28,5 mil para 35,2 mil. O Censo 2000 registrou a presença de 15 mil chineses.