Em maio foram registrados oito assassinatos em Colombo, região metropolitana de Curitiba, e, dos seis casos solucionados pela polícia, três têm adolescentes envolvidos. A onda de violência levou os moradores do bairro Guaraituba a realizar um protesto por mais segurança em frente à Câmara Municipal. Pelo menos cem pessoas, entre elas educadores e pais de jovens mortos, entregaram ao presidente da Câmara um abaixo-assinado com 1,3 mil assinaturas. O documento deve ser encaminhado também à Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp).
Representantes da comunidade pretendem visitar a Sesp e a Assembléia Legislativa para apresentar reivindicações. "Precisamos de programas educativos, voltados à formação cidadã dos jovens", opina Osmar Vieira, um dos integrantes do Fórum Permanente de Combate à Violência, formado pela própria população. Segundo os moradores, a violência deixou de ser apenas noturna para se estender aos arredores e às escolas da região. "Nossos alunos são assaltados com freqüência, seja qual for o período em que estudam", confirma o diretor do Colégio Estadual Helena Kolody, Adão Xavier. As ameaças partem dos próprios alunos. "Esses dias um professor encontrou balas de revólver na mochila de um estudante", conta. "Já pedimos reforço na patrulha escolar, inclusive revista nas salas de aula, mas não fomos atendidos", reclama. Segundo o diretor, existe apenas um carro fazendo a ronda nas 21 escolas estaduais e 58 municipais da cidade.
De acordo com o coordenador estadual do Programa Patrulha Comunitária, capitão Vanderley Rothenberg, são dois os veículos que fazem o trabalho diário na região. "Contamos também com o reforço de outros serviços da Polícia Militar", afirma.
Para a polícia, a participação da comunidade é de extrema importância no combate à violência. "Os pais precisam ser atuantes com os filhos, impedindo exposições desnecessárias nas ruas. A escola deve evitar liberações de alunos fora dos horários predeterminados", lembra o chefe do setor de planejamento e operações da Polícia Miliar, capitão Douglas Dabul. "O combate ao crime é um trabalho de conta-gotas. Aos poucos se busca um resultado maior", argumenta.
A lei municipal que estipula horários para o fechamento de bares vem, segundo o prefeito da cidade, José Camargo, colaborando para a redução da violência. "Ampliamos projetos de contraturno, que ocupam os alunos nos horários em que não estão em aula, desenvolvemos cursos de ofício e capacitação profissional e buscamos parcerias em projetos de esportes", afirma. Ainda assim, a população pede mais projetos e segurança. "A violência já chegou às famílias de bem", diz a professora Joana Moraes, mãe de Alexandre, 20 anos, morto a golpes de faca quando voltava para casa. "Ele era um menino direito, trabalhava, estava se formando, ia se casar. A dor é grande, mas ainda existe esperança na Justiça", diz.
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