Em meio à escassez de chuvas, 53,6% dos consumidores da Copasa (estatal de água e saneamento) na região metropolitana de Belo Horizonte elevaram o consumo médio de água em fevereiro ou mantiveram a média de 2014. Com isso, a cobrança de uma sobretaxa fica mais próxima.

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A Copasa solicitou que a população reduzisse o consumo em 30%, mas a média alcançada foi somente de cerca de 10%.

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Nesta quinta-feira (9), o “Diário Oficial” mineiro deve trazer portaria do Igam (Instituto Mineiro de Gestão das Águas) que atesta o estado de escassez hídrica na região metropolitana de Belo Horizonte.

É o segundo e definitivo ato burocrático e legal para que a Copasa possa adotar medidas de contenção de consumo. A empresa, porém, descarta racionamento.

Em nota enviada à reportagem, a estatal diz que se prepara para seguir a determinação das autoridades hídricas, de 26 de março, para diminuir em 20% a captação de água, mas que só implantará racionamento ou rodízio em situação extrema.

“Todos os estudos estão sendo compartilhados e analisados com a Arsae [agência estadual reguladora]. Medidas como racionamento ou rodízio só serão tomadas em caso de extrema necessidade e terão como critério o menor impacto possível para a população”, informou.

O governador Fernando Pimentel (PT) vem dizendo que a sobretaxa deve ser cobrada dos clientes que não economizarem 20% da média do consumo de 2014. O governo sempre trabalhou com maio como prazo.

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Se isso acontecer, a sobretaxa poderá vir com o aumento da tarifa de água e esgoto. O reajuste pode ser anunciado nesta sexta (10).

Reservatórios

Segundo a Copasa, 26,73% dos consumidores da região metropolitana de BH aumentaram o consumo médio de água e 26,94% mantiveram a média de 2014.

A empresa continua pedindo à população que economize água, mesmo com a melhora no nível dos reservatórios desde o mês passado.

O Paraopeba está com 39,3% do seu volume (tinha 30,5% em 9 de março); o Rio Manso está com 53,5% (ante 43,1%); o Serra Azul, 15,5% (era 9,6); e o Vargem das Flores passou de 30% para 39%.

Na comparação com 1º de abril de 2014, no entanto, os níveis atuais são bem mais baixos do que os do ano passado: 68,7%, 88,3%, 39,2% e 60,3%, respectivamente.

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