"Trabalho no Capão Raso e fui pegar ônibus no Terminal Guadalupe, mas não passou nenhum. Liguei para a empresa e avisei que iria precisar de carona pra trabalhar. Sou de São Paulo e lá esse tipo de greve só termina quando o sindicato consegue o reajuste desejado"Genivaldo Dantas da Silva, 34 anos, mecânico.
"Minha aula era 9h30 e por causa da greve resolvi chegar 8h10 na Rui Barbosa para ter certeza que conseguiria pegar o ônibus. Eu pego o Santa Bárbara ou o Petrópolis, mas cheguei a pensar em pegar o biarticulado e depois o Inter 2, porque achei que esses passariam em maior quantidade. Logo vi que não tinha ônibus nenhum, o jeito é recorrer ao táxi"Felipe Moreira Gonçalves, 23 anos, estudante de Engenharia Cartográfica na UFPR.
"Trabalho no Pinheirinho e cheguei por volta das 7h no Terminal do Santa Cândida esperando que 30% dos ônibus circulassem. O movimento foi muito grande no início da manhã, mas as pessoas foram desistindo de esperar os ônibus. Muitos pegaram táxi ou carona com algum carro de empresa particular. As reivindicações são justas, mas essa forma de greve é muito prejudicial"Djalma Idalgo, 36 anos, motorista.
"Não sabia da greve e cheguei no Terminal do Santa Cândida por volta das 5h50, como faço todos os dias. Eu precisava chegar ao trabalho, no Xaxim, até 13h no máximo, mas pelo jeito não vou conseguir"Alex Ribeiro, 19 anos.
"Cheguei na Rui Barbosa às 7h45 para pegar o ônibus Vila Izabel e ir ao trabalho. Achei que, mesmo com a greve, iriam manter os 30% de ônibus nas ruas. Estou morando há dois anos em Curitiba e nunca tinha visto isso. Se o ônibus não chegar, terei que ir de táxi"Thiago Lima Teixeira, 25 anos, funcionário da Secretaria de Educação.
Motoristas de veículos particulares aguardam liberação para veículos particulares
"Cheguei às 5h30na Urbs com a expectativa de conseguir, às 7h30, uma licença para realizar o transporte, mas até as 10h não liberaram. Na última greve foi mais tranquilo, já pela manhã eles liberaram os carros particulares. Quem define os valores é a própria Urbs. Na última greve a passagem era R$ 1,50 e a Urbs estabeleceu o preço de R$ 4 para o transporte em veículos particulares, acredito que desta vez será aproximadamente R$ 5"Heleno Brito, motorista.
"Temos que ter paciência. Não podemos rodar sem essa liberação porque é irregular. Na última greve essa liberação ocorreu mais rápido"Gerci Santos, motorista.
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