O tombamento de 19 quadras do centro histórico de Morretes divide os moradores da cidade. Se por um lado acreditam que a ação é importante para preservar a beleza do município, a maior "burocracia" para conseguir um alvará de reforma preocupa os nativos e quem depende do comércio.
A proprietária de uma sorveteria no distrito de Porto de Cima, Maristela Werner, 49 anos, é favorável ao tombamento, com algumas restrições. A sorveteria é uma das casas no entorno da Igreja de São Sebastião, tombada pela CPC. No ano passado, Maristela teve de reformar o telhado. "Acho a preservação muito importante, mas é complicada a autorização do Patrimônio Histórico para a reforma. Por causa do clima aqui a madeira apodrece muito rápido, e demora muito para conseguir uma liberação, porque não podemos mexer em nada nem mudar nada", afirma.
Exigência
A empresária Maristela Stopinski Robassa, 45 anos, construiu um restaurante no centro histórico de Morretes, há seis anos. Para receber a liberação do projeto, a obra teve de passar pela fiscalização da CPC, que garante a permanência dentro das normas e do estilo colonial do município. "Na época tivemos que fazer três plantas. E tivemos que mandar fazer telhas em estilo colonial lá em Santa Catarina, porque era uma exigência. Acho importante preservar, mas também é preciso ver a praticidade", afirma. Com a nova lei, Maristela espera igualdade nos direitos. "A gente tem de manter um estilo, enquanto que outras pessoas podem construir prédios novos e modernos", reclama.
Para o aposentado Alfredo Testoni Garcia, 60 anos, há "dois lados na mesma moeda". "O lado positivo é que preserva os prédios antigos, como alguns prédios abandonados que têm aqui. Mas por outro, quando você compra um imóvel, você não pode fazer nada nele, é muita burocracia. Para trocar uma janela leva tempos", explica. Já a atendente de uma confeitaria no centro histórico de Morretes, Ariana Siqueira de Souza, 18 anos, vê apenas pontos positivos no processo. "A preservação é o que vale", resume.
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