Em meio à crise financeira, a Universidade Estadual Paulista (Unesp) decidiu suspender, no fim de março, a progressão na carreira de professores e técnicos. A instituição afirma que a decisão é temporária e consequência da “atual conjuntura econômica do País e de nosso Estado”. A informação foi divulgada pelo jornal Folha de S. Paulo.
A ascensão na carreira de funcionário técnico-administrativo dá um benefício de 5% sobre o salário recebido. Para docentes, o porcentual varia de 3,5% a 9,6%. Neste ano, a Unesp vem adotando ações para impedir o crescimento da folha salarial.
A reitoria informou ainda que os planos de progressão foram aprovados sob condição de serem reavaliados após cinco anos, prazo já vencido. “O período mínimo estabelecido já foi vivenciado e trouxe questionamentos e, logicamente, esclarecimento a serem feitos”, afirmou a direção, em nota. Disse também que as medidas são um “ato de responsabilidade”.
A instituição recebe um porcentual fixo de 2,34% do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Com o desaquecimento da economia, a perspectiva de arrecadação do tributo é pessimista.
Para ajustar as contas, a Unesp também fez contingenciamento de despesas de custeio e
de investimentos, no valor de R$ 36 milhões. Para atingir a cifra, houve redução de materiais de consumo e revisão de contratos nas unidades, além de diminuição de horas extras e de recursos aplicados em obras. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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