São Paulo Um avião Fokker 100 da TAM que ia de São Paulo para o Rio interrompeu o vôo depois que uma porta do avião se soltou na tarde de ontem. A porta caiu sobre o supermercado Extra da Avenida Ricardo Jafet, no Ipiranga (zona sul). Segundo a Polícia Militar, ninguém ficou ferido.
Segundo a TAM, a porta se soltou minutos depois de a aeronave ter decolado de Congonhas, às 13h47. Com o acidente, o piloto pediu para voltar e pousou às 14h07. O vôo tinha 79 passageiros. A porta do avião caiu em uma marquise sobre o supermercado, local ao qual os clientes não têm acesso. De acordo com a assessoria de imprensa da rede, a loja não foi fechada.
Susto
"A porta se soltou e bateu na asa do avião. Todo mundo entrou em pânico. Uma aeromoça que estava perto da porta ficou se segurando para não cair do avião", conta a estudante Camila Silva, uma das passageiras do vôo.
Ricardo Kocher, que pegaria um vôo para a Suíça no Rio, era um dos mais indignados. "E se fosse a uma altitude maior? O que iria acontecer? A porta passou raspando da asa", questiona. "Uma aeromoça que estava perto da saída ficou toda descabelada e teve que se segurar para não ser jogada para fora", completa. A dona de casa Edna Lopes Bezerra, diz que não vai esquecer tão cedo do susto. "É um trauma para o resto da vida. Achei que ia morrer. Não sei mais quando vou voar de novo", diz.
Segundo os passageiros ouvidos pela reportagem, uma das aeromoças afirmou que o problema pôde ser contornado facilmente porque o avião estava em baixa altitude. Mesmo assim, ao menos dois passageiros receberam atendimento médico no aeroporto por nervosismo ou problemas de pressão.
Maria de Lourdes Moreira, também dona-de-casa, ia para Maceió passar férias, mas desistiu de embarcar novamente ontem. "Todo mundo entrou em pânico. Eu só rezei para Deus para rever meus filhos", conta Maria de Lourdes.
Em nota, a TAM informou que "as causas do ocorrido já estão sob investigação das equipes de segurança de vôo das autoridades aeronáuticas e da própria empresa". Na mesma nota, a empresa afirma que não há indícios de falha mecânica. "O avião estava com sua programação de manutenção rigorosamente em dia", diz o documento.