A previsão de chuvas e o rápido aumento do nível das barragens praticamente sepultaram a volta do racionamento em Curitiba e região. A Sanepar se mantém em alerta, mas a possibilidade da empresa voltar a adotar o rodízio é remota.
O racionamento foi implantado no dia 4 de agosto, já que o Paraná atravessava uma das piores estiagem de sua história. No dia 15 de setembro foi registrado o momento mais crítico: as barragens de Piraquara e Iraí tinham, juntas, apenas 28% do volume total.
As chuvas vieram no fim do mesmo mês, quando a Sanepar suspendeu o rodízio. Avaliações diárias foram feitas deste então, mas o desabastecimento foi descartado em decorrência do aumento do nível de água. Em um mês o volume de água nas barragens subiu 10% do total, chegando a 38% nesta semana.
O gerente de produção da Sanepar, Paulo Raffo, afirma que para que o rodízio seja retomado precisaria que Curitiba e região ficassem pelo menos 20 dias sem chuva. Possibilidade considerada remota pelo Instituto Tecnológico Simepar. "Para retomar (o racionamento) precisaríamos de um longo período sem chuva. A Sanepar continua em alerta, mas as condições são favoráveis a se manter o rodízio suspenso", afirma Raffo. "Se não se concretizar a previsão de chuvas, o rodízio pode ser retomado a qualquer momento".
Nas barragens
As barragens que abastecem a região Leste de Curitiba continuam fechadas para aumentar as reservas. A Sanepar está captando água em reservatórios particulares, na bacia incremental e em cavas. O objetivo, segundo o gerente, é fazer o nível de Piraquara e Iraí chegar a 90% até o final de março, para que não seja necessário adotar as mesmas medidas de racionamento caso o Paraná entre em um novo período de estiagem. "Quando entramos no inverno neste ano estávamos com 77% do volume. Mesmo assim chegamos no final da estação precisando do racionamento", explica.
Na barragem do Passaúna a situação já está normalizada. O nível do reservatório está em 91% (35 centímetros abaixo) e, por causa de sua extensão e facilidade em absorção das chuvas, a tendência é que chegue ao seu limite nos próximos dias.
chuvas
Se dependesse somente da previsão do tempo, o rodízio já teria acabado. Uma das características da primavera é justamente a instabilidade atmosférica. O meteorologista Samuel Braun, do Simepar, explica que é muito difícil, nesta época, ficar muitos dias sem chuva: "No último mês tem chovido bastante. Não ficamos mais de quatro dias sem precipitações".
Os índices históricos apontam um cenário animador. "Em novembro praticamente toda a tarde tem chuva isolada". Já em dezembro, tem início o verão, estação marcada por pancadas de chuvas diárias. A possibilidade de não chover em Curitiba e região por mais de 20 dias é considerada "remota" pelo meteorologista.
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