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Tido como comissão de segunda categoria até o escândalo do mensalão, o Conselho de Ética virou prioridade no loteamento dos cargos na Câmara.

Um acordo com o PMDB deverá dar ao PT a presidência do órgão que, na legislatura passada, despachou petistas em série para julgamento no plenário da Casa.

Fica sepultada, assim, a pretensão de Ricardo Izar (PTB-SP) de se manter à frente do Conselho. Preterido Maurício Rands (PE) foi convidado, mas recusou.

Já José Eduardo Cardozo (SP) quer muito, mas o núcleo que comanda a bancada petista não vai deixar.

O mais cotado para assumir o posto, agora, é Jorge Bittar (RJ), de um grupo próximo a José Dirceu.

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Água fria – José Dirceu encomendou uma pesquisa de opinião para medir o apoio popular a seu pedido de anistia. Os resultados não foram nada animadores para o ex-ministro. A idéia, agora, é deixar o assunto dormir. Desembarque – Arlindo Chinaglia (PT-SP), que permaneceu no muro sobre a anistia de Dirceu durante a campanha pela presidência da Câmara, disse a Lula, uma vez eleito, que o projeto poderia dificultar a tramitação do PAC, além de não combinar com a "agenda positiva" que pretende adotar na Casa. Bandeira – Dividido no que concerne à reformulação interna e à punição dos envolvidos nos escândalos dos últimos anos, o PT encontrou um tema para unir as diversas tendências e monopolizar as atenções nos festejos do aniversário do partido, hoje e amanhã em Salvador: a ordem é sentar a pua na política de juros do Banco Central. Vai ter briga 1 – O que era para ser a celebração da mudança de nome do PFL para PD (Partido Democrata) virou largada de uma disputa pelo comando da legenda rebatizada. Rodrigo Maia (RJ), até agora nome consensual para substituir o ex-senador Jorge Bornhausen na presidência, deverá disputar o cargo com o também deputado José Carlos Aleluia (BA). Vai ter briga 2 – Aleluia tem procurado deputados dizendo que não concorda com a indicação de Maia sem uma consulta prévia ao partido. Quando lhe perguntam se partiria para a disputa aberta contra um colega de bancada, responde com um sorriso enigmático: "Mas o partido não é democrata? A disputa é o cerne da democracia".

Reforço – Em campanha por um novo mandato na presidência do PMDB à revelia da parcela do partido instalada no Senado, Michel Temer obteve o apoio de Íris Araújo. A mulher do prefeito de Goiânia, Íris Rezende, ameaçava se lançar pré-candidata.

Na pista – Renan Calheiros (PMDB-AL), José Sarney (PMDB- AP), Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA) e Romeu Tuma (PFL-SP) foram vítimas do apagão do aeroporto de Congonhas na quarta. Os senadores entraram na aeronave da FAB às 22 h e somente à meia-noite decolaram para Brasília. Para passar o tempo, evocaram histórias que foram de Juscelino Kubitschek a John Kennedy. Registro – Nenhum representante do governo Lula ou do PT compareceu à festa dos 100 anos de nascimento de Victor Civita, fundador do grupo Abril, que reuniu mais de 1.000 pessoas, entre elas políticos e autoridades, em SP na noite de quarta-feira. Calçados – "Lafer, o sem-sapatos, entra de sola no bate-boca da diplomacia". É a manchete do site do PC do B sobre o endosso do ex-chanceler de FH, "que em 2003 ficou célebre por tirar os sapatos no aeroporto de Washington, a mando da polícia", às críticas de Roberto Abdenur ao atual comando do Itamaraty.

TIROTEIO

* Do flamenguista Chico Alencar, deputado federal pelo PSol-RJ, sobre o assessor presidencial Marco Aurélio Garcia, segundo quem ele "e a torcida do Flamengo" querem a anistia de José Dirceu.

– O professor Marco Aurélio entende muito de história, mas pouco de Flamengo. Se ele for ao Maracanã domingo, não conseguirá encher uma só folha de assinaturas pró-Dirceu.

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