Na tentativa de combater o crime organizado, o Departamento de Inteligência do Estado do Paraná (Diep) começa a ramificar Núcleos de Inteligência pelo estado. O primeiro foi instalado em Maringá, onde funcionará a sede do Núcleo de Fronteira Norte (NFN). A ação tenta reprimir grupos criminais, como o Primeiro Comando da Capital (PCC), que também se alastra pelo Paraná. Agentes penitenciários confirmaram à Gazeta do Povo que a rebelião na Penitenciária Estadual de Cascavel (PEC) na semana passada teve ligação com a facção paulista.
O estado tem, inclusive, o segundo maior número de membros do grupo criminal. A informação foi divulgada em outubro do ano passado, quando o jornal O Estado de São Paulo conseguiu dados de uma investigação do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), que registrava 623 membros do PCC no Paraná. Até então, o governo paranaense se opunha à ideia de detentos pertencerem à principal facção criminosa do país.
Diante da realidade, o serviço de inteligência, que pertence à Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp) e atua em parceria com as policias Civil e Militar, tem trabalhado para arquitetar estratégias de prevenção e reunião de dados para implementar políticas públicas voltadas à área de segurança, conforme explica o diretor do Diep, Francisco Caricati.
Ele conta que o órgão irá mapear as ações criminais da região Norte e estudá-las a fim de agir com antecedência para tentar coibir os crimes. Isso já é feito em Curitiba. Porém, de acordo com o diretor do Diep, não é possível realizar um levantamento completo com ações específicas em todo o estado com base somente na capital. Por isso a importância de sustentar núcleos regionais.
Segundo Caricati, outras regiões do Paraná deverão receber a unidade nos próximos meses. Maringá saiu na frente porque conseguiu resolver os trâmites burocráticos com mais agilidade.