A suspeita, ainda não confirmada, do ressurgimento da febre aftosa em Mato Grosso do Sul levou a Secretaria Estadual da Agricultura e Abastecimento (Seab) a fechar novamente a divisa com aquele estado. Está proibida a entrada no Paraná de animais vivos e subprodutos das espécies suscetíveis à doença (bovinos, suínos, ovinos, caprinos e bubalinos). Todos os veículos que cruzam a divisa são pulverizados com produtos químicos que destroem o vírus que provoca a aftosa.
A suspeita surgiu no município de Japorã, no sul de Mato Grosso do Sul, próximo à fronteira com o Paraguai e a 25 quilômetros da divisa com o Paraná, na região de Guaíra (Extremo-Oeste). Esse município foi um dos mais prejudicados no surto de aftosa que atingiu o rebanho sul-matogrossense a partir de outubro do ano passado. Naquela ocasião, foram detectados focos em 33 fazendas, o que exigiu o sacrifício de 33,8 mil animais. Além de Japorã, ocorreram focos em Mundo Novo, Eldorado, Iguatemi e Itaquiraí.
Ao visitar duas fazendas de Japorã, técnicos da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro) constataram sintomas de doenças vesiculares (os mesmos da aftosa) em 134 cabeças. Segundo José Antônio Felício, superintendente do Ministério da Agricultura e Pecuária em Mato Grosso do Sul, foram coletadas amostras de sangue desses animais e enviadas para exame, na última quinta-feira, no Laboratório Nacional Agropecuário (Lanagro), de Recife (PE). De acordo com Felício, os resultados, divulgados na segunda-feira, foram negativos.
O Lanagro pertence ao ministério e seus exames, que confirmaram a aftosa no Paraná, foram questionados pelo governo estadual e por pecuaristas. Felício disse que novos exames poderão ser realizados, caso o ministério considere necessária uma contraprova.
A decisão de fechar a divisa com Mato Grosso do Sul foi tomada nesta quarta-feira de manhã, após reunião entre o secretário Newton Pohl Ribas e o superintendente do ministério no Paraná, Valmir Kowalewski de Souza. O secretário pediu a ajuda da Polícia Militar para atuar nas barreiras. Há um benefício geográfico, já que os dois estados são separados pelo Rio Paraná. As ligações são as pontes de Guaíra próxima à área do suposto foco e Icaraíma (Noroeste paranaense). Também há dois portos de balsas no rio.
Animais originários da área de risco e vendidos em um leilão, realizado em Londrina no início de outubro, foram os responsáveis pela decretação dos focos de aftosa no estado. Por vinculação de origem e apresentação de sintomas iniciais, o Ministério da Agricultura concluiu pela existência de focos em sete fazendas do Paraná, nos municípios de Maringá e Loanda (Noroeste), Bela Vista do Paraíso e São Sebastião da Amoreira (Norte) e Grandes Rios (Região Central). No total, foram sacrificados 6.781 cabeças, durante o mês de março.
Agora, o Paraná aguarda o prazo de seis meses para recuperar o status de área livre de aftosa com vacinação e voltar ao mercado internacional. Por conta da aftosa, 56 países embargaram, parcial ou integralmente, as importações de carnes de Paraná e Mato Grosso do Sul.
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