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Um rapaz, de 19 anos, teve uma das pernas amputada depois de ser atropelado por uma viatura da Polícia Militar que perseguia a motocicleta que dirigia pelas ruas de Jacarezinho, no Norte Pioneiro. Ele voltava do trabalho para casa, no começo da noite de quarta-feira, 30, quando o acidente aconteceu. O acidente ocasionou fratura exposta na perna esquerda. A vítima chegou a ser socorrida e levada ao Pronto Socorro da Santa Casa de Misericórdia, mas, devido à gravidade da fratura, ele teve a perna esquerda amputada.

A vítima contou que não entendeu o porquê de ter sido perseguido pela polícia e revelou que parou a moto que dirigia assim que os policiais deram a ordem. "Percebi que eles estavam me seguindo, mas como não houve ordem continuei. Quando eles ligaram o giroflex da viatura, eu parei, desci da moto e aguardei na calçada. A viatura veio, bateu na moto e deu marcha a ré me derrubando e passando em cima da minha perna", contou.

O acidente aconteceu na rua Amazonas, a poucos metros da casa do jovem. A cena teria sido presenciada por pelo menos seis testemunhas. "Nunca tive passagens pela polícia. Trabalho desde muito jovem. Não precisavam ter feito isso", desabafa a vítima, que ainda revelou que ele foi revistado ainda no chão, logo após o acidente. A versão da PM

O tenente-coronel Antônio Carlos de Morais, comandante do 2º Batalhão de Polícia Militar, com sede em Jacarezinho, disse que já determinou a abertura de um Inquérito Policial Militar para investigar o caso. O oficial disse ainda que vai solicitar ao Ministério Público que acompanhe as investigações.

O comandante reconheceu a gravidade do ocorrido, mas justificou que os dois policiais que estavam na viatura que atropelou Fábio Santos – identificados apenas como cabo André e soldado Vinicius - investigavam uma denúncia de tráfico de drogas.

Segundo o comandante, o rapaz fugiu em alta velocidade quando percebeu que era acompanhado pela viatura e que acabou caindo da moto na rua Amazonas. "A viatura vinha logo atrás e não conseguiu evitar o choque", explica.

Para o comandante, como dirigia em alta velocidade, o rapaz passou a ser um suspeito. Depois do acidente a PM descobriu que a vítima dirigia sem habilitação e a motocicleta estava em nome de um parente.

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