OMS registra 7,5 mil pessoas infectadas
Genebra - A Organização Mundial de Saúde (OMS) informou que o número de casos confirmados de gripe suína atingiu 7.520, um aumento de mais de mil casos em 24 horas. Sessenta e cinco pessoas morreram em decorrência do vírus. De acordo com o último boletim da OMS, divulgado ontem, a gripe já chegou a 34 países, mas o número não inclui o Peru, que confirmou seu primeiro caso ontem à noite, e a Malásia, que também registrou o primeiro caso confirmado na madrugada de ontem.
A agência informou ainda que um estudo indica que o vírus A/H1N1 deve chegar a regiões ainda não afetadas. "O vírus é suficientemente transmissível para esperarmos continuados contágios em nível comunitário e disseminação regional", disse o diretor-geral assistente interino da OMS, Keiji Fukuda.
Agência Estado
Na Disney, nem sinal da gripe
Orlando - No mundo da fantasia do Walt Disney World, até a Bruxa da Branca de Neve é mais popular do que a gripe suína. Quem anda pelos parques de Orlando, nos EUA, nem se lembra do vírus. Não há turistas de máscaras, avisos ou sinais de cuidado. Nos jornais, as notícias sobre a doença ganham pouco destaque. Embora a Flórida ja tenha confirmado 63 casos, na Disney a gripe é silenciosamente ignorada.
A familia Lisboa, de Curitiba, cogitou cancelar a viagem. Após uma conversa com um colega que mora nos EUA, optaram por viajar, mas se prepararam. Compraram máscaras e luvas. "Quando a gente chegou aqui, ficamos até constrangidos. Ninguém estava usando máscara. Da maneira como nos olhavam, parecia até que a gente que estava trazendo a doença", conta o advogado Flávio Lisboa Júnior.
A gerente de relações públicas da Disney para a América Latina, Juliana Cadiz, afirma que os turistas brasileiros não devem se preocupar. "A gripe suina, está totalmente controlada. Não há motivo para pânico", afirma.
Breno Baldrati, enviado especial*
* O jornalista viajou a convite da TAM e do Walt Disney World.
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A Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa) informou ontem que monitora um novo caso suspeito de contaminação pelo vírus da influenza A (H1N1) o vírus da gripe suína em território paranaense. Segundo o último boletim epidemiológico divulgado pela secretaria, trata-se de uma mulher, adulta, que mora em um município da Regional de Saúde de Curitiba e retornou há poucos dias dos EUA.
Além desse caso suspeito, a Sesa monitora outras quatro pessoas (três da Regional de Saúde de Curitiba e um da Regional de Ponta Grossa). Desde a primeira suspeita do vírus, em 26 de abril, foram descartados 23 casos no Paraná 15 por exames laboratoriais, enquanto oito por critérios clínicos.
Brasil
O número de casos suspeitos de influenza A (H1N1) no Brasil caiu hoje de 38 para 35, segundo informou o Ministério da Saúde. O número de casos confirmados permanece inalterado, com 8 pessoas infectadas nos estados do Rio de Janeiro (3), São Paulo (2), Minas Gerais (1), Rio Grande do Sul (1) e Santa Catarina (1).
Pelos dados, o ministério considera que "não há evidências de sustentabilidade da transmissão de pessoa a pessoa do vírus A (H1N1), tendo em vista ter sido detectado somente dois casos de transmissão autóctone (dentro do território nacional), ambos com vínculo epidemiológico com o caso índice procedente do México". Desse modo, até o momento, os estados brasileiros com casos confirmados não devem ser considerados como áreas afetadas.
Ainda segundo a nota, até ontem, nove países apresentam transmissão autóctone, mas apenas três de forma sustentada: Estados Unidos (4.298 casos), México (2.656) e Canadá (449). Os outros países com transmissão autóctone não sustentada são Reino Unido (41 casos), Espanha (22), Panamá (10), Alemanha (2), Brasil (2) e Itália (1).
Rio de Janeiro
O rapaz de 29 anos que pegou gripe suína do amigo de 21 que voltou de Cancún, no México, recebeu alta ontem do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho. Durante os dias em que ficou internado em isolamento, ele chegou a ter pneumonia, mas, segundo a chefe do Serviço de Doenças Infecciosas e Parasitárias, Regina Barbosa Moreira, ele está curado.
Dos três pacientes do Rio com gripe suína, apenas a mãe desse jovem continua internada na unidade. Ela não tem febre e deve receber alta assim que acabar o período do risco de contágio da doença.
Um paciente que estava internado no hospital com suspeita da doença foi liberado depois que o resultado dos seus exames foi negativo.
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