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Obra avaliada em R$ 37 milhões deve entrar no pacote de infraestrutura para a Copa de 2014 |
Obra avaliada em R$ 37 milhões deve entrar no pacote de infraestrutura para a Copa de 2014| Foto:

Passageiros de cruzeiros transatlânticos até conseguem visitar hoje os pontos turísticos do litoral do Paraná, mas precisam de muita curiosidade e disposição para encarar uma viagem de até 200 quilômetros a mais. Isso porque os navios de turismo preferem atracar no porto de São Francisco do Sul (SC) devido à falta de um espaço adequado no litoral paranaense. O Porto de Paranaguá libera o berço 9 para o embarque e desembarque de passageiros. O problema é que o cais paranaense é essencialmente comercial e o ambiente – da vista aos odores do porto – não é atraente para o turismo.

"Cais é para soja. O turista quer shoppings, serviços de qualidade e segurança", aponta o presidente do Sindetur, Aroldo Schultz. Ele observa que o estado vizinho está investindo para atrair os grandes navios, principalmente em São Francisco do Sul e Itajaí.

Dono de uma empresa especializada no receptivo a turistas de transatlânticos, Onésimo Santos de Anunciação diz que atende, em média, cerca de 1,2 mil pessoas em quatro navios por ano. Ele precisa ir até São Francisco buscar o grupo, fazer um rápido passeio pelo litoral paranaense, subir a serra, levar todos para jantar em Curitiba e retornar a São Francisco. Se o terminal de passageiros em Pa­­ranaguá sair do papel, o empresário acredita que o movimento pode dobrar. "No mínimo, va­­mos duplicar o atendimento."

Os especialistas em turismo lembram que o novo terminal levará tempo para consolidar o ponto nas rotas de transatlânticos depois de pronto e liberado para operação. "Serão necessários de três a quatro anos para o terminal entrar no mercado", prevê o presidente da Adetur Litoral, Carlos César Gnata.

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