O déficit habitacional que representa o número de moradias que não são capazes de atender dignamente aos moradores está em tendência de queda no Brasil. Entre 2007 e 2012, o índice recuou 7,1% em termos absolutos, conforme estudo divulgado nesta segunda-feira (25), pelo Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea). Em 2012, o país registrou um déficit habitacional de 5,2 milhões de residências (8,5% do total de domicílios). Em 2007, o índice era de 5,6 milhões de residências (10% do total).
Quatro tipos de residências compõem o déficit habitacional: as habitações precárias (domicílios improvisados), a coabitação familiar (quando mais de uma família reside no mesmo imóvel, com intenção de se mudar), excedente com aluguel (quando o peso do aluguel supera em 30% a renda familiar) e o adensamento excessivo (em que mais de três pessoas vivem em um cômodo).
De acordo com o Ipea, apenas o excedente com aluguel aumentou no período pesquisado. Quase 3,3 milhões de residências se enquadravam nesta situação. As outras três modalidades registraram queda, segundo o estudo.Paraná
Entre os estados da região Sul, o Paraná foi o que registrou o maior déficit habitacional. Segundo o Ipea, o índice por aqui compreende a 217,7 mil residências (6,1% do total de domicílios do estado). Rio Grande do Sul e Santa Catarina têm, respectivamente, déficit de 182,6 mil e 132,8 mil domicílios.
Além disso, a tendência de queda que ocorreu nacionalmente não é registrada no Paraná. O índice vem oscilando ao longo dos últimos anos. De 2011 para 2012, por exemplo, o déficit habitacional do estado aumentou 2,5%.