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Imagens de satélite feitas de 10 em 10 minutos mostram o percurso do Sul ao Norte da cidade feito pela chuvarada com granizo | Reprodução Simepar
Imagens de satélite feitas de 10 em 10 minutos mostram o percurso do Sul ao Norte da cidade feito pela chuvarada com granizo| Foto: Reprodução Simepar

Paranaenses que sofrem de câncer no fígado podem contar com uma nova opção de tratamento. No início deste mês, foi realizada em Curitiba a primeira cirurgia com o uso de um aparelho emissor de radiofreqüência. Até então, esse tipo de tratamento estava disponível somente em São Paulo e Porto Alegre. De acordo com o cirurgião do aparelho digestivo João Eduardo Leal Nicoluzzi, do Hospital Ecoville, o novo procedimento permite que o tumor seja tratado sem a necessidade de remoção de parte do órgão. A técnica consiste na aplicação de uma agulha no centro do tumor, capaz de emitir ondas de calor que destroem a neoplasia.

Para o médico, a grande vantagem do procedimento está na possibilidade de queimar somente o tumor, evitando danos em outras partes do órgão. A técnica da radiofreqüência pode ser aplicada em tumores de até cinco centímetros.

"O tempo de recuperação é reduzido de dez para cinco dias e a duração da cirurgia também é menor. Enquanto nas cirurgias antigas precisávamos de até oito horas, com essa nova alternativa conseguimos eliminar o tumor em apenas uma hora e meia. Além disso, os riscos são muito menores", conta.

Dependendo do tamanho do tumor, o tratamento pode ser feito até mesmo sem a necessidade de cortes, apenas com a aplicação de uma agulha diretamente na pele.

A terapia com radiofreqüência é indicada quando não existe mais a possibilidade de se realizar a cirurgia para retirada de parte do fígado, como na cirrose, ou na presença de mais de um tumor.

A aposentada Guiomar Tadra, de 74 anos, primeira paciente a ser submetida ao procedimento, tinha dois tumores no fígado e, pela idade avançada, não teria condições de realizar uma cirurgia agressiva para a retirada dos nódulos.

"Lutamos com o câncer dela já há oito anos. Primeiro ela teve um tumor no ovário, depois no intestino. Os dois foram tratados com cirurgia, mas dessa vez seria agressivo demais", conta o marido Iaroslau Tadra.

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