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O Paraná vive hoje um momento de boa relação com a administração federal. O estado é representado pelo ministro do Planejamento, Paulo Bernardo (PT) – o responsável pelo controle de verbas e pela elaboração do orçamento da União – e neste ano poderá ainda ter outros ministros da República. Entre os cotados para uma vaga em Brasília, estão o deputado federal Reinhold Stephanes (PMDB), o vice-governador Orlando Pessuti (PMDB) e o senador Osmar Dias (PDT).

Stephanes pode se tornar ministro da Saúde. Pessuti e Osmar estariam disputando a vaga da Agricultura. As chances mais reais de se tornar ministro, no entanto, estão com Stephanes. Ele é consultor da área e já foi ministro da República em outras ocasiões.

Mais importantes que as especulações são os prós e contras para o Paraná em ter representantes no governo federal. "Ter um ministro com representatividade e participação é muito significativo para o estado", afirma a professora de Ciências Políticas da Pontifícia Universidade Católica (PUC/PR) Samira Kauchakje. "Seria muito interessante e fundamental para o Paraná essa descentralização do poder, e não só nas questões financeiras e administrativas. É preciso que haja um equilíbrio no ministério para que o regionalismo não ocorra e haja conflitos de poderes entres os entes da federação."

Segundo ela, porém, é preciso estar atento para os riscos que há nesse momento, devido à cultura da política brasileira. "Existe o risco de haver uma desunião com a bancada de parlamentares do estado, se o indicado não tiver bom espírito político", diz. "Se começar a pensar nos interesses particulares, no clientelismo e agir em prol de determinados currais eleitorais, haverá uma fonte de tensão que prejudica o estado."

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