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Parceiros

Acordos com outros países são aposta para turbinar programa

A aposta do governo brasileiro para potencializar a atração de profissionais pelo programa Mais Médicos serão os acordos de cooperação coletiva com outros países, ONGs e universidades internacionais. Durante a primeira fase, foram realizadas apenas inscrições individuais, o que colaborou para o preenchimento de apenas 1.618 (10,5%) das 15.460 solicitadas pelos municípios. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, confirmou as negociações com Cuba, que teria ofertado 6 mil médicos.

"Queremos oferecer para parceiros, mediados ou não pela Opas [Organização Pan-Americana de Saúde], a possibilidade de uma cooperação bilateral para trazer médicos exclusivamente para os 1.577 municípios com maior escassez de médicos, com foco nos 703 municípios que não foram escolhidos por parte dos cadastrados na primeira etapa", disse Padilha.

As conversas com o governo cubano não teriam sido fechadas porque o Brasil ainda avalia o perfil dos profissionais oferecidos. Ele citou a parceria entre brasileiros e médicos cubanos no Haiti como modelo.

Na primeira fase do Mais Médicos, foram admitidos 74 profissionais com registro de Cuba. De acordo com o ministro, no entanto, nenhum deles é cubano – são brasileiros e médicos de outras nacionalidades formados em universidades da ilha.

De onde eles vêm

País do registro - Médicos

• Argentina - 141• Espanha - 100• Cuba - 74• Portugal - 45• Venezuela - 42• México - 26• Uruguai - 25• Rússia - 11• Itália - 9• Ucrânia - 6• Estados Unidos - 4• Holanda - 4• Alemanha - 3• Barbados - 3• Canadá - 3• Líbano - 3• Não informado - 3• Reino Unido - 3• Egito - 2• Israel - 2• Sérvia - 2• Tadjiquistão - 1• Cazaquistão - 1• França - 1• Grécia - 1• Hungria - 1• Ilhas Cook - 1• Japão - 1• Malta - 1• Omã - 1• Polônia - 1• Suíça - 1

Três a cada cinco profissionais recrutados ao final da primeira fase do programa Mais Médicos para trabalhar no Paraná têm registro estrangeiro. Balanço divulgado ontem pelo Ministério da Saúde mostra que o estado vai receber 98 novos médicos, sendo 56 (57%) com registro de outros países e 42 (43%) do Brasil. O total de selecionados preenche 10% das 969 vagas solicitadas por 286 municípios paranaenses, dos quais 27 (9%) estão contemplados com pelo menos um profissional.

INFOGRÁFICO: Mais Médicos recrutou 1.619 profissionais no país, veja a distruibuição

O Paraná é o terceiro estado preferido dos médicos com registro estrangeiro, atrás de São Paulo (79) e Rio Grande do Sul (62). Proporcionalmente, no entanto, só as cidades paulistas estão na frente das paranaenses na quantidade desses profissionais, com 59%. Na soma nacional, 522 (32%) dos 1.618 escolhidos são formados fora do país.

O ministério ainda não fez uma diferenciação por estados dos médicos com registro estrangeiro que são brasileiros e dos que são de outras nacionalidades – o que impede a constatação da origem exata de todos os médicos que vão trabalhar no Paraná. Em relação à soma total de 522 formados fora do país, o órgão informou que 164 são brasileiros e 358 são estrangeiros. A maioria dos registros do exterior é da Argentina (141), seguida por Espanha (100) e Cuba (74).

"Os números comprovam que o Brasil não tem número suficiente de médicos para atender à demanda do país", disse o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, durante a apresentação dos dados. "O que nos move é levar médicos para quem precisa" completou, referindo-se à estratégia de buscar acordos coletivos com outros países para ampliar o alcance do programa.

Se dependesse apenas da escolha dos médicos com registro brasileiro, só 17 cidades paranaenses seriam contempladas na primeira fase do programa. Os profissionais com registro estrangeiro aumentaram esse alcance para mais dez municípios – Arapongas, Capa­nema, Contenda, Fazenda Rio Grande, Guarapuava, Iguaraçu, Mandaguari, Mari­alva, Pinhais e Tamarana.

O ministro destacou que, até agora, grande parte das escolhas de estrangeiros abrange municípios de regiões de fronteira. No Paraná, esse é o caso de Capanema, na divisa com a Argentina, além de Guaíra, Marechal Cândido Rondon e São Miguel do Iguaçu, na fronteira com o Paraguai.

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