Depois de registrar o primeiro ataque de tubarão em Fernando de Noronha (PE), a baía do Sueste foi reaberta à visitação nesta sexta-feira (25), dia de Natal. Com o acesso limitado entre 10h e 15h, não foi registrado nenhum incidente.
A praia estava interditada desde a última segunda (21), depois que o turista paranaense Márcio de Castro Palma da Silva, 32, foi atacado por um tubarão. O visitante perdeu a mão direita e parte do antebraço.
Durante o período em que ficou fechada, pesquisadores do ICMBio realizaram monitoramento da área por meio de mergulhos e de drones. Em nota, o instituto informou que não foi “detectada nenhuma anormalidade, considerando se tratar de um ambiente natural bem preservado”.
De acordo com informações da assessoria de imprensa de Fernando de Noronha, o movimento de turistas foi normal e muitos entraram no mar para mergulho. A atividade só foi permitida com o acompanhamento de guias credenciados pelo Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), que gerencia o parque nacional marinho.
Até o dia 4 de janeiro, a baía terá reforço na fiscalização. Pelo menos quatro fiscais do ICMBio ficarão na areia orientando os banhistas e outro dois monitores acompanharão a movimentação dentro da água.
Ataque
Em entrevista à imprensa, na quarta (23), Palma da Silva contou que já tinha feito um mergulho, mas decidiu voltar a uma área de água menos turva. O turista disse que só percebeu a presença do tubarão quando ele já estava próximo.
O tubarão, cuja espécie ainda é desconhecida, mordeu a mão e o braço direito do turista. Ele foi atendido por um médico que estava na praia. Na manhã da terça (22), viajou para o Recife, onde foi atendido no Hospital da Restauração, no bairro do Derby, área central da capital pernambucana.
Após a cirurgia no HR, o paciente foi transferido para o hospital da Unimed Recife, na Ilha do Leite. Segundo o último boletim médico, o paranaense se recupera bem, mas não tem previsão de alta.
Este foi o primeiro ataque registrado no arquipélago de Fernando de Noronha nos últimos 23 anos, desde que começou o monitoramento.
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