A partir desta terça-feira (20), o juiz da 2.ª Vara do Júri de Curitiba, Daniel Surdi de Avelar, pode marcar a data para o júri popular do ex-deputado estadual Luiz Fernando Ribas Carli Filho. Nesta segunda-feira (19) termina a o prazo final para defesa do ex-parlamentar indicar testemunhas para o julgamento. Como o Ministério Público (MP) e a assistência de acusação já indicaram as deles, com o encerramento do prazo, o próximo despacho do magistrado deve marcar a data do julgamento. Antes disso, ele deve verificar se há data vaga na agenda do tribunal. A expectativa da acusação é que o júri possa acontecer entre dezembro deste ano e janeiro de 2016.
Apesar disso, ainda tramitam em Brasília no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e Supremo Tribunal Federal (STF) recursos da defesa de Carli Filho. Nas duas cortes, a defesa alega que há várias irregularidades no processo. A principal é que, mesmo com a desconsideração do exame que acusou embriaguez ao volante - a Justiça decidiu que o sangue do deputado foi coletado de forma ilegal – a transcrição do resultado segue em todo processo. Para a defesa, o juiz deveria esperar o resultado dos recursos para agendar o júri. A acusação entende o contrário, que não há motivo para suspender o caminho natural do processo.
O MP e a assistência de acusação indicaram cinco testemunhas cada. Essas testemunhas teriam caráter mais técnico e um perito estaria entre os que serão ouvidos pela acusação. Segundo o advogado Elias Mattar Assad, que faz parte da acusação, entre as testemunhas de acusação estão “pessoas que presenciaram o desastre, um perito do Instituto de Criminalística que atestou que o carro [de Carli Filho] estava a 174 km/h e um médico que constatou hálito etílico no ex-deputado”. O advogado não quis dizer os nomes das testemunhas “para não causar pressão” a elas.
Até as 20h45, a Gazeta do Povo não teve acesso ao total de testemunhas indicadas pela defesa do ex-deputado nem os nomes das pessoas. A reportagem tenta falar com o advogado Roberto Brzezinski Neto, mas ele não retornou às ligações. O escritório dele também defende Carli Filho, assim como o do advogado René Dotti, que cuida do caso nos tribunais superiores.
O ex-deputado estadual é acusado de ter matado dois jovens – Gilmar de Souza Yared e de Carlos Murilo de Almeida – em um acidente de trânsito em 2009, em Curitiba. Ele responde pelo crime de homicídio doloso eventual. Na época, um exame no hospital onde foi atendido mostrou que Carli Filho tinha 7,8 decigramas de álcool por litro de sangue. Como o exame foi feito enquanto ele estava desacordado, já está desconsiderado pela Justiça.
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