A música eletrônica embalou o maior carnaval da história de Curitiba, neste domingo (24). Cerca de 100 mil pessoas (dado revisado) passaram pela Rua Marechal Deodoro ao longo do dia, segundo a estimativa final da organização; a Polícia Militar estimou em 70 mil. Houve focos de briga, ao longo do dia, e enfrentamento com a Polícia Militar, na dispersão. Balas de borracha e bombas de efeito moral foram lançadas, segundo testemunhas.
Testemunhas relatam que houve briga na esquina da Rua Marechal Deodoro com a Avenida Marechal Floriano, por volta das 20 horas. A confusão teria começado quando um rapaz jogou uma garrafa de uísque em um efetivo das Rondas Ostensivas Tático Móvel (Rotam), que descia a Marechal Floriano no sentido contrário ao dos carros, segundo um comerciante que estava no local e preferiu não se identificar.
Dobro de participação
No ano passado, a primeira edição do pré-carnaval com música eletrônica (o “CarnaVibe”) também terminou em confusão. Na ocasião, a prefeitura havia estimado receber 10 mil participantes, maior público registrado até então no bloco de marchinhas Garibaldis e Sacis. No entanto, o evento reuniu 40 mil pessoas.
A PM teria revidado com bombas de efeito moral e balas de borracha, o que teria desencadeado o fim da festa. Um esquema com cerca de 300 pessoas foi montado pela organização do evento, coordenada pela Fundação Cultural de Curitiba (FCC). Membros da PM, da Guarda Municipal e seguranças particulares foram distribuídos pelo Centro da cidade.
A prioridade foi garantir a segurança nos pontos de acesso à Marechal. A ideia era manter uma fiscalização rígida, para inibir já na entrada os comportamentos violentos, segundo o superintendente da FCC, Igor Cordeiro. A reportagem apurou que pelo menos dois focos de briga foram contidos de forma pontual pela Polícia Militar.
Em balanço divulgado por volta das 22h40 deste domingo, a PM confirma que o maior foco de conflito foi o ocorrido na esquina das marechais, por volta das 20h. Foliões com “ânimos exaltados por conta do uso de bebidas alcoólicas” entraram em confronto com os seguranças privados do evento, e a PM interviu “fazendo uso de material menos letal” para conter a situação.
Um policial ficou ferido na perna, devido a estilhaços de uma garrafa de vidro, informa a nota. Apesar disso, a PM minimiza os conflitos, considerados pontuais. Seriam “pequenos focos de conflito entre os próprios foliões”.
Em nota, a FCC informou que houve uma confusão com um pequeno grupo de pessoas no cruzamento da Marechal Floriano e Deodoro, quando a polícia foi obrigada a utilizar a tropa de choque. “A situação foi contida rapidamente. Ninguém foi preso e não houve feridos. A organização do evento lamenta o ocorrido e ressalta que todo o esforço do planejamento do evento foi pautado pela segurança dos participantes. Contudo, este fato isolado não minimiza o sucesso do Pré-Carnaval Eletrônico, que juntou quase 100 mil pessoas”.
Multiculturalidade
A forte presença de público tanto no Carnaval eletrônico, neste domingo, quanto no bloco Garibaldis, realizado na semana passada, é uma demonstração “clara de que a população curitibana quer conviver com esta multiculturalidade”, segundo o superintendente da FCC, Igor Cordeiro. Também é um sinal da vontade da população de participar de festas públicas. Para garantir a festa em ano de crise, a FCC financiou cerca de 80% do evento com parcerias, “para não onerar o poder público”.
Soraya Thronicke quer regulamentação do cigarro eletrônico; Girão e Malta criticam
Relator defende reforma do Código Civil em temas de família e propriedade
Dia das Mães foi criado em homenagem a mulher que lutou contra a mortalidade infantil; conheça a origem
Rotina de mães que permanecem em casa com seus filhos é igualmente desafiadora
Deixe sua opinião