Petistas do Campo Majoritário se debatem para manter o comando do partido em São Paulo, numa prévia da disputa nacional que deve ocorrer em 2007. Presidente regional da sigla, Paulo Frateschi vem tendo a autoridade contestada por líderes de outras correntes – alguns ligados a Marta Suplicy –, que viram na crise pós-dossiê uma oportunidade para emergir.

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Abatido pelo dossiê e pela derrota para José Serra, Aloízio Mercadante perdeu espaço. Alguns de seus aliados na campanha já avisaram que não irão à reunião de avaliação eleitoral do senador marcada para segunda. Parte da bancada na Assembléia critica o fato de ele se eximir de qualquer responsabilidade no escândalo. As lideranças se movimentam agora para o encontro do Diretório Estadual, no dia 16.

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Pelas bordas – No esforço para manter o controle do PT-SP, Frateschi foi ao interior e arrancou de coordenadores regionais a divulgação de manifesto que rejeita a idéia de antecipar as eleições internas da sigla. O texto diz que mudar a direção já em 2007 causaria "acirramento desnecessário em momento errado". Regra três – Em caso de nova eleição interna no ano que vem, o Campo Majoritário já tem nomes "não-envolvidos em escândalos" que poderiam ocupar a direção do PT-SP: Elói Pietá, prefeito de Guarulhos, e José de Fililippi Jr., tesoureiro da campanha de Lula e prefeito de Diadema. Choque – Frase de Bush pai sobre Bill Clinton inspirou José Carlos Aleluia (BA). O republicano disse certa vez que, se o democrata fosse o Titanic, o iceberg é que teria afundado. O pefelista adaptou: "Se fosse Lula, não só o iceberg afundaria como a culpa seria da primeira classe". É guerra – O site do PC do B entrou em campanha aberta pela reeleição de Aldo Rebelo (SP) para a presidência da Câmara. Texto sobre a derrota governista na eleição para o TCU diz que o PT "não pode pretender impor o nome do deputado Arlindo Chinaglia". Puro sangue – Anunciado ontem, o secretariado de Jaques Wagner é um quase monopólio petista, na contramão da expectativa de uma ampla composição gerada pelo governador eleito da Bahia.

Apetite – Inocêncio Oliveira (PL-PE), em aquecimento para encontrar brecha que lhe permita disputar a presidência da Câmara, reivindica duas secretarias de Eduardo Campos (PSB-PE). O governador eleito se faz de surdo, mas quem acompanha a peleja acha que ele terá de ceder. Apaga a luz – Perto de fechar com o PTB, o governador Lúcio Alcântara deve ser seguido pela bancada tucana eleita no Ceará: seu filho Léo, Vicente Arruda, Manoel Salviano, Raimundo Gomes de Matos e Marcelo Teixeira. Com isso, o PSDB ficará sem deputado federal do estado. Aqui, não – O PFL tentou emplacar Moroni Torgan (CE) na Secretaria de Segurança de Yeda Crusius (PSDB), mas esbarrou nos policiais gaúchos, que protestam pelo fato de ele não atuar no Rio Grande do Sul. Nem mesmo o fato de o deputado ter nascido em Porto Alegre sensibilizou a corporação. Lupa – A Justiça da França enviou ao Brasil um pedido para que Paulo Maluf (PP-SP), sua mulher, Sylvia, seu filho Flávio e a nora Jacqueline sejam ouvidos sobre a origem de R$ 1,4 milhão depositado numa conta bloqueada naquele país. Em 2003, o ex-prefeito chegou a ser detido em Paris para dar explicações. Só depois – A Justiça Federal marcou as oitivas de Maluf e Sylvia para segunda e as de Flávio e Jacqueline para terça. Mas ninguém foi achado. O ex-prefeito estava em Brasília, detido pelo caos aéreo. Seus familiares, segundo advogados, estavam no interior. Os oficiais não tentaram intimá-los ontem, dia da Justiça, feriado para a categoria.

TIROTEIO

* Do cientista político Rubens Figueiredo, sobre as desculpas dos candidatos para justificar contribuições de concessionárias de serviços públicos, segundo a lei "fontes vedadas de doação". Muitos alegam que não são obrigados a saber a natureza da empresa contribuinte.

– Parece a história do sujeito que dá o cheque sem fundo e diz que o culpado é o banco.

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